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CRISE NA EDUCAÇÃO | Letras USP vai paralisar dia 15/10 contra o desmonte das escolas e das universidades

quarta-feira 14 de outubro de 2015 | 00:00

As últimas semanas no estado de SP foram palco de inúmeros protestos de estudantes secundaristas, professores, trabalhadores da educação e familiares contra o projeto de "reorganização" das escolas de Geraldo Alckmin. Trata-se de um projeto que vai fechar dezenas de escolas, salas de aulas, colocar trabalhadores nas ruas e precarizar ainda mais o já sucateado ensino público do estado. Ao mesmo tempo estamos vivendo na USP uma profunda crise que também visa o sucateamento e a privatiação da universidade através do congelamento da contratação de professores e funcionários, fechamento de matrículas das creches, fechamento de bandejões, desvinculação do Hospital Universitário, etc. Nesse dia 15 vamos unificar as lutas dos secundaristas, dos estudantes e funcionários da USP contra o desmonte da educação pública orquestrado pelo governo do PSDB.

Em assembleia de curso os estudantes da Letras decidiram se somar a esse dia de luta. Junto aos funcionários da USP, que vão paralisar também em defesa de seus empregos e de suas reivindicações, a assembleia da Letras deixou claro que a luta em defesa da USP pública é a mesma luta que os estudantes secundaristas estão bravamente travando nas ruas.

A partir das 8h haverá uma concentração em frente ao prédio para irmos até o palácio dos bandeirantes onde ocorrerá o ato às 10h na "casa" do governador. Levaremos o mote "contra o desmonte das escolas e das universidades, em defesa da educação pública". Essa aliança entre estudantes universitários e estudantes secundaristas é uma força política que pode fazer tremer o governo que há anos vem sucateando nosso ensino público, governando para a elite e agora aplicando os mesmos ajustes do governo federal. Às 15h, na USP, haverá um ato em defesa das creches. E às 19h30, no prédio da Letras mesmo, vai ocorrer uma mesa que vai tratar da situação da educação pública com convidados que vão desde professores da faculdade até estudantes secundaristas em luta, passando por professores da rede pública.

Diante desse cenário de crise e convulsão social, a educação vem sendo extremamente atacada e é nosso papel, enquanto estudantes universitários, nos organizar em cada faculdade para ir às ruas contra todos os ataques. Para isso é necessário que as entidades representativas dos estudantes estejam a frente de organizar a luta.

Infelizmente não é o que viemos vendo ultimamente no curso de Letras. Muito pelo contrário na verdade, a atual gestão do Centro Acadêmico, a Ruído Rosa, vem dando uma verdadeira lição de imobilismo. A cada novo fato político na universidade e na sociedade o silêncio se torna cada vez maior e aqueles que buscam uma organização não encontram em sua entidade representativa uma saída. O grupo que está a frente do Centro Acadêmico, o Levante Popular da Juventude, é ideologicamente ligado ao PT e talvez aí resida a justificativa de tamanho imobilismo e despolitização: qualquer mobilização maior entre os estudantes de Letras pode respingar no governo do PT e isso para eles é "fazer o jogo da direita". O imobilismo é a política levada pelo governismo em todo o país, é o carro chefe de Dilma. Acontece que no estado de SP a política de ajustes e cortes por parte do governo Alckmin é a continuidade estadual da política de ajustes e cortes perpetradas pelo governo Dilma.

Mas mesmo com uma gestão ligada ao PT, os estudantes da Letras vão paralisar e vão às ruas em defesa da educação pública. Convocamos a todos os estudantes a somarem nessa luta!




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