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CEDAE | Leilão da CEDAE não teve oferta para subúrbios da Zona Oeste: empresários querem lucro não atendendo pobres

Claudio Castro, Bolsonaro e a Globo falam que a privatização ajudaria no saneamento e direito a água dos mais pobres. Pura mentira. A prova disso é que o bloco que concentrava regiões mais pobres e, que por lei exigia vender água mais barato não teve ofertas para compra.

sexta-feira 30 de abril de 2021 | Edição do dia

Claudio Castro, Bolsonaro e a Globo mentem deliberadamente dizendo que a privatização vai beneficiar os mais pobres. Nada mais longe da realidade. Ela servirá para gerar imensos lucros cobrando preços caríssimos pela água. Sendo assim as empresas bilionárias que participaram do leilão ofereceram para comprar o serviço de entrega de água e coleta de esgoto em blocos que incluem bairros nobres de diferentes cidades.

Assim não é nenhum espanto que houve propostas para o bloco 1 que inclui vários municípios mas tem como chamariz a Zona Sul do Rio. O Bloco 2 por sua vez é basicamente só de “áreas nobres” com destaque para Barra e Jacarepagúa, já o Bloco 4 contempla o centro, e toda Zona Norte do Rio, incluindo regiões mais valorizadas como Tijuca, Meier, Jardim Guanabara e outras áreas de maior poder aquisitivo na região norte (junto a boa parte da baixada). Já o Bloco 3 não teve compradores.

O Bloco 3, contempla Zona Oeste, Piraí, Itaguaí, Paracambi, Seropédica e Pinheiral. Trata-se de cidades e regiões da capital carioca com menor poder aquisitivo e com um “agravante” para os capitalistas: devido à proximidade da produção de água no Guandu seriam obrigados a vender mais barato.

Se é para vender barato e para pobres e ainda avançar em construir redes de saneamento onde são muito escassas não há interesse capitalista. Para abocanhar a Barra ou a Zona Sul, com tudo já instalado aí sim há intenso interesse.

Esse fato comprova a mentira do discurso da mídia e dos governos. A privatização não significará uma melhoria na qualidade da água e do saneamento para a maioria da população. Muito pelo contrário. Significará investimentos onde o retorno será maior: bairros burgueses, bairros comerciais, bairros de classe média para o restante da população significará água cara e sucateamento.

O sucateamento, os crimes ambientais, e descaso com a população são a marca das privatizações em todo o país. Vimos recentemente isso no apagão do Amapá e vemos em cada serviço público privatizado no Rio de Janeiro, como é notável especialmente na Supervia, no metrô e nas barcas.

A privatização das águas para gerar um novo flanco de lucros para as empresas é um crime contra a população em qualquer momento, especialmente em uma pandemia quando a água e o saneamento são um elemento central na garantia de saúde da população.

A CEDAE É DO POVO, NÃO À PRIVATIZAÇÃO.




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