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JUIZ DE FORA | “Lei da mordaça” chega na Câmara de vereadores em Juiz de Fora

O “Programa Escola sem Partido” que já vem sendo levantado em várias cidades pelo país, pelos setores mais conservadores da política brasileira, agora chega em Juiz de Fora. O projeto foi levado à Câmara na noite de quarta-feira, pelo vereador André Mariano (PSC).

Douglas SilvaProfessor de Sociologia

quinta-feira 14 de julho de 2016 | Edição do dia

O programa segue semelhante ao PL 867/2015, apresentado pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) na Câmara de Deputados. Longe do discurso de “pluralismo de ideias no ambiente acadêmico” e “neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado”, como o vereador André Mariano apresenta em seu texto, esse programa busca na verdade o “pensamento único”, carrega todo o reacionarismo dos setores que buscam uma educação nada reflexiva e que sirva na verdade como mordaça aos professores e alunos.

No Paraná uma professora da rede pública foi afastada após abordar Karl Marx em sala de aula através de uma paródia do funk “baile de favela” abordando a luta de classes com seus alunos. São episódios como esses que os setores mais conservadores buscam com o programa “Escola sem Partido”.

Em Juiz de Fora não é diferente. Vereadores da “bancada religiosa” da cidade já tentaram impedir a discussão de gênero também nas escolas. Assim, como agora tentam com a “lei da mordaça”.

Contudo, já abordamos diversas vezes pelo Esquerda Diário como esse projeto está longe de representar o pluralismo de ideias. Na verdade, busca podar qualquer pensamento crítico. Como o PL que reserva inclusive multa e prisão, aos professores acusados de “doutrinadores”.

Nesse momento é mais que necessário que se levante uma forte luta contra esse ataque à educação. Afinal, os defensores de tal projeto são os mesmos que andam de mãos dadas com os golpistas e seus ataques cada vez mais duros aos trabalhadores e à juventude.




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