Depois de entregar a fazenda para o banqueiro Levy agora especula-se que a ruralista Kátia Abreu assumirá o posto de Mercadante na "articulação política". É possível ir mais à direita? O governo Dilma sempre mostra que é.
sexta-feira 18 de setembro de 2015 | 00:00
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve reunido com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada nesta quinta-feira. Antes de encontrar com a presidente, Lula fez questão de buscar informações sobre as relações do governo no Congresso com um grupo de parlamentares petistas que foram ao hotel onde ele está hospedado.
A conversa entre Lula e Dilma começou pouco depois das 18h e acontece num momento cercado de especulações sobre o descontentamento do ex-presidente e do PT em relação à condução da política econômica e das articulações políticas do governo Dilma. O governo corre sério risco de ver barradas pelo Congresso medidas importantes do ajuste fiscal.
Na quarta-feira, 16, o rumor mais forte em Brasília girava em torno da substituição de Aloizio Mercadante pela ruralista Kátia Abreu na Casa Civil. Os rumores foram tão fortes que a ministra da Agricultura foi uma das ausências mais notadas nesta quinta-feira, 17, na cerimônia de recondução de Rodrigo Janot à Procuradoria Geral da República. Segundo fontes, Kátia Abreu preferiu se manter distante da imprensa e de novas especulações.
A reforma ministerial foi prometida pela presidente Dilma para acontecer até quarta-feira da próxima semana. Este gesto de Dilma, se acontecer, mostrará como seu governo busca sobrevida entregando mais e mais postos à direita e o PMDB da ministra e do vice-presidente Temer. O contrário das esperanças, infundadas de um petismo que insiste na possibilidade de alguma guinada a esquerda.
Esquerda Diário /Agência Estado
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