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PERSEGUIÇÃO A SINDICATO | Justiça determina prisão de toda a diretoria de sindicato dos rodoviários de Manaus

A determinação foi encaminhada após o não cumprimento da autoritária liminar que impunha o retorno de 100% da categoria aos serviços e estipulava uma absurda multa de R$50 mil por cada hora de paralisação.

quarta-feira 18 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Na terça feira (17), o juiz Adilson Maciel Dantas, do Tribunal Regional do Trabalho 11ª Região, havia determinado a prisão de toda a diretoria do Sindicato dos Rodoviários. No total, seis membros da diretoria foram alcançados pela decisão, incluindo o presidente Givancir de Oliveira e o vice, Josildo Oliveira.

A determinação havia sido dada após a categoria paralisar 100% da frota de ônibus durante quase 12 horas, na terça-feira (17), contrariando a decisão anterior que impunha o retorno d da totalidade da frota ao serviço, estando o descumprimento da liminar sujeito a multa de R$50 mil por hora de paralisação. A medida, como exposto na própria decisão do juiz hoje, muito mais do que sua efetividade tinha como intuito pressionar para o encerramento da greve, já que foi revogada após os coletivos funcionarem dentro da normalidade nessa manhã.

"Nenhuma razão há para a permanência do decreto de prisão dos diretores da entidade sindical, na medida em que a finalidade pedagógica da medida anterior foi alcançada, que era ver a população atendida em seu direito inalienável de ter transporte público à disposição", diz trecho da decisão.

Como visto, a sequência de decisões do Tribunal busca somente inviabilizar o direito a greve dos funcionários, impondo inclusive o retorno de 100% da categoria aos serviços e chantageando os trabalhadores com ameaças de multas milionárias e até a prisão de seus diretores.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTR), Demógenes Egleses, a categoria exige o pagamento do dissídio coletivo de 2016 e o adicional de insalubridade, que também está atrasado. "A gente está há oito meses com reajuste atrasado. Em vista que daqui a quatro meses vai começar um novo reajuste, viemos para o tudo ou nada", disse.

É desse modo que se comporta o judiciário golpista, enquanto aparenta estar em atrito com o Executivo e o Legislativo com o aprofundamento das investigações da Lava Jato, anda de mãos dadas com esses mesmos poderes e a burguesia na hora de atacar os direitos dos trabalhadores.




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