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OCUPAÇÃO MTST | Juíza que proibiu show de Caetano em ocupação do MTST é suspeita de trabalhar para o PCC

terça-feira 31 de outubro de 2017 | Edição do dia

A Juíza Ida Inês, que proibiu o show de Caetano Veloso no dia de ontem na Ocupação do MTST em São Bernardo no ABC paulista, foi afastada por suspeita de trabalhar para o PCC em 2007.

A reportagem da Folha na época, revela que a juíza da 2ª Vara de Mauá (ABC) foi flagrada em conversas telefônicas com Sidnei Garcia, acusado de compor um grupo de 18 pessoas que usariam 22 postos de gasolina para lavar o dinheiro do PCC, segundo o Ministério Público na época.

A juíza foi afastada por "conduta em desacordo com o cargo", que quer dizer suspeita de favorecer criminosos, e o processo correu em segredo de justiça. Veja trecho da reportagem da Folha que revela a conversa telefônica entre a Juíza e garcia:

"Garcia tratava Ida Inês como “My Love” e ela devolvia: “palhaço”, “trouxa” e “amore”. Em outra gravação, a juíza diz a Garcia: “Ei…Eu podia estar matando, roubando, me prostituindo. Estou me arrumando”." (Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2206200726.htm )

Ida Inês proibiu a apresentação de Caetano no dia de ontem na ocupação d MTST em São Bernardo do Campo, seguindo o pedido do Ministério Público. Na decisão da juíza, o autoritarismo veio acompanhado do deboche típico da casta judiciária deste país que faz o que quer e segue impune, por uns defendem aos outros. A juíza escreveu no despacho que o “brilhantismo” de Caetano “atrairá muitas pessoas para o local, o que certamente colocaria em risco estas mesmas, porque, como ressaltado, não há estrutura para shows, ainda mais, de artista tão querido pelo público, por interpretar canções lindíssimas, com voz inigualável”.

Caetano declarou, no dia, que foi a primeira vez que é proibido de fazer um show no período democrático. A decisão tem um cunho político claro, de perseguição aos trabalhadores Sem Teto e à ocupação no ABC. O judiciário que reprime as exposições de arte e que permite a ’cura gay’ é o mesmo que criminaliza as manifestações dos trabalhadores, uma casta da "toga" de juízes que não foram eleitos por ninguém e se arrogam o direito de mandar nos trabalhadores.

Contra o autoritarismo e o conservadorismo do judiciário, é preciso lutar para que todo juiz ganhe o mesmo salário de uma professora, seja eleito por voto direto e com mandato revogável à qualquer momento.




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