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LARANJAS DO PSL | Judiciário beneficia ministro de Bolsonaro com sigilo de processo que apura candidaturas-laranja do PSL

Na semana passada, o Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi acusado de cometer crime eleitoral a fim de favorecer o Partido Social Liberal nas eleições de 2018. Entretanto, nessa semana, em decisão arbitrária, o judiciário golpista decidiu que o processo ocorrerá em sigilo absoluto.

terça-feira 8 de outubro de 2019 | Edição do dia

Na última sexta-feira (4/10), o Ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi acusado por falsidade ideológica, apropriação indébita eleitoral (quando o candidato se apossa para proveito próprio de recursos destinados ao financiamento eleitoral) e associação criminosa. A denúncia de suspeita de crimes de candidaturas-laranja do PSL em 2018 foi realizada pelo Ministério Público Eleitoral.

O ministro foi investigado conjuntamente pelo Ministério Público e Polícia Federal por omissão de prestação de contas e crime de associação criminosa. De acordo com as investigações, o Partido Social Liberal inscreveu candidatas mulheres sem a intenção que as mesmas fossem eleitas. Vale destacar que o Tribunal Superior Eleitoral deliberou que ao menos 30% dos recursos do fundo eleitoral fossem destinados para as campanhas das candidatas mulheres dos partidos. A investigação apontou que o PSL pretendia utilizar esses recursos para as campanhas eleitorais de seus candidatos homens.

O ministro Marcelo Álvaro Antônio na época em que foi citado nos depoimentos a Polícia Federal era o presidente estadual do PSL em Minas Gerais. De acordo com as investigações e notícia divulgada no portal de notícias G1, a Polícia Federal afirma que o ministro que “era e ainda é o ‘dono’ do PSL mineiro possuía o total domínio do fato, controle pleno da situação, com poder de decidir a continuidade ou interrupção do repasse de recursos do fundo partidário”.

Mesmo diante de fatos evidentes, o judiciário golpista num momento de acordo com Bolsonaro, decretou sigilo absoluto do processo. Ou seja, em segredo de justiça. A decisão foi tomada pelo juiz responsável, Flávio Catapani, titular da 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte. Segundo o juiz, “nenhum” desdobramento da denúncia será divulgado a fim de “preservar as partes envolvidas”. Trata-se de mais um fato escandaloso que evidencia a pactuação entre os poderes da República em prol de consolidar as reformas contra os trabalhadores.




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