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PRIVATIZAÇÃO | José Serra promete entregar base de Alcântara no Maranhão em aceno à Donald Trump

A base de Alcântara, como é conhecido o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), base de lançamentos de foguetes e satélites da força aérea brasileira, inaugurada na década de 80, situada no município de Alcântara no estado do Maranhão, volta a ser negociada com o governo Norte Americano.

quinta-feira 26 de janeiro de 2017 | Edição do dia

De grande importância estratégica e logística pela sua localização geográfica, devido a sua proximidade com a Linha do Equador, sua entrega ao governo norte americano já foi pautada em outros momentos. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no final de seu mandato iniciou a negociação; no primeiro governo Lula o projeto então em andamento foi cancelado; em 2013, reaberto e diversas conversas bilaterais foram desenvolvidas entre o Brasil e o EUA. Mas não avançaram, agora o ministro de Relações Exteriores, o golpista José Serra, promete como ato de aceno a nova gestão Donald Trump, a entrega desse estratégico ponto de lançamento de satélites e foguetes.

Serra, diversas vezes citado em delações premiadas e escândalos de corrupção milionários, artífice da entrega de áreas inteiras das reservas do pré-sal a iniciativa privada, garante ser um acordo de benefícios mútuos para ambos os países, no entanto, na prática, não significará nenhuma transferência tecnológica para o Brasil, apenas entreguismo para sinalizar boas relações diplomáticas com o reacionário, machista, racista e homofóbico, Donald Trump e seu discurso protecionista e anti América latina.

A medida no entanto ainda carece de projeto de lei a ser aprovado pelo congresso a fim de garantir os termos da relação da utilização do espaço pela Força Aérea Norte Americana, que consta como exigência inclusive o impedimento de brasileiros a determinados espaços da base em defesa de informações sigilosas de interesse Norte Americano. Em entrevista, o chanceler golpista ainda declarou:

"O uso dos modernos sistemas espaciais dos Estados Unidos, jamais obtidos pela indústria nacional, porém, não significará transferência tecnológica ao setor privado brasileiro. Pelo contrário: para que a negociação avance, o Brasil terá que aprovar uma lei que indique de forma técnica e pormenorizada a proteção que será dada a todo componente tecnológico manipulado em solo brasileiro. Se parte das exigências dos EUA forem alteradas pelos parlamentares do Brasil, e as mesmas forem consideradas insatisfatórias pelos congressistas americanos, não tem negócio."

Ou seja, entregamos um importante ponto para a defesa nacional e desenvolvimento de tecnologia espacial brasileiro e ainda temos que nos dobrar a todas as imposições do imperialismo. Mais um ataque do governo Temer, que a cada nova medida mostra a quem serve a sua "ponte para o futuro".




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