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COPA DO MUNDO | Jogador da Croácia usa lema de grupo fascista em vídeo

O zagueiro da Croácia, Domagoj Vida, que garantiu a classificação da seleção para as semifinais da Copa do Mundo de 2018, postou um vídeo junto com Vukojevic, da comissão técnica, com os dizeres “Slava Ukraine”. Esse slogan é de um grupo ucraniano nacionalista anti-russo.

quarta-feira 11 de julho de 2018 | Edição do dia

Foto: Getty Images

Da tradução “Glória à Ucrânia”, essa frase faz parte do grupo que voltou a ter força em 2014. Eles se colocavam em contraposição ao presidente Viktor Yanukovich, que se negava a se aproximar da União Europeia, e também contra os casos de corrupção.

Esse grupo segue a ideologia nacionalista de Stepan Bandeira, que foi adepto e teve relações com a Alemanha nazista. Foi o primeiro grupo com os dizeres “Slava Ukraine”.

Levando em conta as regras da Copa do Mundo, a FIFA está investigando o teor político do vídeo, porque é proibido qualquer apelo deste tipo. Quem quebra essas regras pode pagar uma multa e até ser expulso dos jogos.

A resposta do zagueiro foi bastante evasiva. Vida disse que tem amigos na Rússia desde que jogou no Dynamo de Kiev e que tudo não passava de uma brincadeira.

No entanto, não se pode desconsiderar o conflito existente entre as duas nações existente desde 2014. A Rússia disputa com a Ucrânia a península da Crimeia, de maioria populacional auto declarada russa. Essa disputa já chegou a matar mais de 10 mil pessoas.

Além disso, outro fato foi que, depois da vitória contra a Argentina, a comemoração dos jogadores nos vestiários foi cantando a música Bojna Cavoglave, da banda Thompson. Dejan Lovren gravou um vídeo dele é outros jogadores cantando, ou seja, fazendo apologia ao regime fascista croata, assim como a banda durante a II Guerra Mundial.

A música contém o slogan e saudação ustasha, os fascistas croatas, “Za dom spremni”, que quer dizer “Pelo nosso país, prontos!”. Os ustasha nasceram como uma sociedade secreta para se tornarem um movimento, que chegou a ser apoiado por Hitler. Durante a II Guerra Mundial, os ustasha tiveram posse do campo de concentração Jasenovac, em que estima-se 100 mil mortos. Sérvios, padres ortodoxos, judeus e ciganos eram encontrados nesse campo.

A todo esse preconceito genocida se somam os casos de corrupção e desvios de verbas dentro da federação de futebol croata.

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