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João Doria ameaça professores que decretam greve a partir de segunda

A greve foi marcada para o mesmo dia de início das aulas na rede estadual, previsto para o dia 8. O governador tucano ameaça os professores, afirmando que faltas não justificadas serão descontadas.

sexta-feira 5 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (5), em assembleia virtual da Apeoesp, professores da rede estadual decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (8) contra a volta presencial às aulas que João Doria busca impor autoritariamente sob a comunidade escolar.

A greve foi marcada para o mesmo dia de início das aulas na rede estadual, previsto para o dia 8. O governador tucano ameaça os professores, afirmando que faltas não justificadas serão descontadas .

"A retomada das aulas é pautada em medidas de contenção da epidemia, obedecendo aos critérios de segurança estabelecidos pelo Centro de Contingência do Coronavírus, embasada em experiências internacionais e nacionais", afirmou a Secretaria da Educação.

João Doria e seu secretários da educação, Rossieli Soares e Fernanda Paula, apelam para ameaças e mentiras para esconder a situação real. Denúncias mostram que ao mesmo tempo que chove dentro de salas de aula, falta água em escolas.

Escondem também o resultado da política demagógica e falsa de João Doria com a vacinação com um perfil “pró-vida”, nada mais mentiroso. Os casos e vítimas em São Paulo aumentam, mas o governador manteve o retorno das aulas. Por todo Brasil, menos de 1,5% da população foi vacinada.

Mesmo assim, o cínico João Doria quer garantir a inocência por seu crime. O tucano pretende obrigar estudantes a assinarem termo de responsabilidade para o retorno das aulas, que joga toda responsabilidade de infecções e tratamentos para as famílias dos alunos.

Em Campinas, a reabertura sem condições seguras é um exemplo do que deseja João Doria. A apenas duas semanas da retomada de aulas presenciais em diversas escolas particulares de Campinas, o número de casos confirmados de Covid explodiu. O caso mais emblemático é o da escola Jaime Kratz, que hoje já tem 5 alunos e 37 profissionais da educação infectados, com um caso mais grave de internação.

O Movimento Nossa Classe - Educação, se pronunciou sobre o retorno às aulas que Doria tenta impor.

"Nossa luta é por condições sanitárias e de saúde realmente seguras para reabertura das escolas, combinada a um plano científico de vacinação universal que garanta esse direito a toda população, e não para apenas uma parte mínima dela, como querem Bolsonaro e Doria, que nesse contexto querem expor também toda comunidade escolar a um retorno presencial não seguro. Somente a comunidade escolar junto aos trabalhadores da saúde podem definir os protocolos de retorno às aulas!

Nossa Classe - Educação. Contra o retorno irracional às aulas: organizar a comunidade escolar por condições seguras, direito à vida e vacina!

Os fatos estão longe de qualquer segurança para a comunidade escolar. Maíra Machado, professora em Santo André e diretora pela oposição na Apeoesp, afirmou o seguinte sobre a situação:

“Os professores devem se unificar com o conjunto da comunidade escolar, com as trabalhadoras da saúde na linha de frente com um forte chamado nacional de mobilização. Em São Paulo é preciso debater e organizar em cada escola o chamado à greve sanitária convocada a partir do dia 8, as direções sindicais devem romper com a paralisia e organizar nossas forças.”

Veja declaração completa. Doria: “O cenário nunca foi tão preocupante” mas as escolas serão reabertas




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