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Irrompem protestos na Somália após policial matar civil durante a quarentena

O tiroteio ocorrido na sexta-feira foi a faísca para o início dos protestos em Mogadishu que continuaram com uma multidão de jovens que queimavam pneus exigindo justiça.

sábado 25 de abril de 2020 | Edição do dia

Um policial na capital da Somália foi preso após atirar fatalmente em pelo menos uma civil, enquanto aplicava as medidas restritivas autoritárias impostas pelas autoridades locais.

O tiroteio foi a faísca para o início dos protestos em Mogadishu que continuaram com uma multidão de jovens que queimavam pneus exigindo justiça.

Há um ódio crescente entre os moradores que alegam abusos do uso da força por parte da segurança local, incluindo espancamentos, se aproveitando das restrições aplicadas devido ao coronavírus.

Gritos de "sem polícia, sem toque de recolher" podem ser ouvidos dos protestos nas ruas, enquanto depredavam um ponto policial da cidade.

Com os protestos, o chefe da polícia do país demitiu o delegado encarregado da segurança no distrito de Bondhere, onde aconteceu o tiroteio.

Somado ao ódio à violência policial, a Somália tem um dos piores sistemas de saúde do mundo e os casos de Covid-19 têm aumentado rapidamente. Já foi conrfimado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) que a África será o continente que mais irá sofrer com essa pandemia.

As medidas de isolamento aplicada pelos governos, muitas vezes, são também uma forma de acobertar e dar margem para medidas autoritárias e violentas, como nas Filipinas, por exemplo, a fim de evitar uma eclosão de protestos devido aos enormes percalços e privações que a classe trabalhadora já vinha sofrendo, e que se aprofundou devido à crise aberta pelo coronavírus, como o desemprego crescente, o fiasco da economia mundial, o colapso dos sistemas de saúde e mais.

É necessário se organizar para impedir violentas ações como essa, disfarçadas de medidas protetivas por parte de governos que não defendem a população. Exigir testes massivos, leitos de UTI e equipamentos saúde e de segurança a todos os trabalhadores da saúde para enfrentamos o que vai muito além de uma crise sanitária.




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