sábado 31 de outubro de 2015 | 01:01
Nessa sexta-feira, 30 de outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, separou a investigação da Eletronuclear do processo na Petrobrás. Com isso, o juiz Sergio Moro é excluído do processo de investigação e os autos sobre a Eletronuclear serão encaminhados para a Justiça Federal no Rio de janeiro.
O ministro Teori Zavascki alega que, nos depoimentos coletados por Moro, havia omissão de nomes de políticos. Essa decisão, segundo os assessores da Procuradoria Geral da República, deve ser botada para votação no plenário da Corte (STF). A separação foi feita porque advogados de Flavio Barra, executivo da empreiteira Andrade Gutierrez, alegaram que o caso não tem ligação com o esquema da Petrobrás.
Uma situação parecida é a da senadora Gleisi Hoffmann (PT), o que desmascara a relação aprofundada do PT também no caso da Eletronuclear, e do ex-ministro Paulo Bernardo. O processo investigado é relacionado a fraudes em contratos de serviços prestados no Ministério do Planejamento por uma empresa de São Paulo, o que, na verdade, fez com que Zavascki concordasse em não relatá-lo mais no STF, levando consigo o juiz Sergio Moro.
Essas movimentações no processo de investigação da Operação Lava-Jato só escancaram as negociações feitas entre PT e PMDB "por baixo dos panos", afinal o senador investigado no caso da Eletronuclear é Edison Lobão, do PMDB. Ou seja, Moro, que também atua fazendo o jogo da oposição de direita ao governo do PT é afastado, reforçando os acordos entre os partidos do governo para se blindar nas investigações de corrupção da Lava-Jato.
Agência Estado/ Esquerda Diário.
