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TRAGÉDIA DE MARIANA | Inquérito sobre tragédia em Mariana indicia 3 empresas

8 diretores são indiciados, 6 da Samarco, 1 da Vale e 1 da consultoria de Engenharia VogBR. Segundo a Polícia Federal não há um culpado único, mas não há nenhuma citação sobre a negligência dos governos com a vistoria das barragens e com o controle dos rejeitos.

sábado 18 de junho de 2016 | Edição do dia

O inquérito foi apresentado no dia 9 de julho em Minas Gerais e indiciou a principal diretoria da Samarco, o gerente de usinas da Vale e o engenheiro responsável pelo laudo da barragem da VogBR.

Depois de 2 meses parado no Supremo Tribunal de Justiça para que se julgasse qual instância cuidaria do caso, finalmente se conclui o inquérito que abrirá o julgamento das 3 empresas envolvidas. O inquérito aponta a responsabilidade pelo rompimento na falta de drenagem de água, falha no monitoramento da estrutura, equipamentos defeituosos, elevada proporção de minério e o não acompanhamento técnico da barragem desde 2012.

Faz 8 meses que o desastre ambiental vitimou 15 pessoas e contaminou 1.176,44 hectares de mata, sendo 774,23 hectares de áreas de preservação permanente. As empresas responderão por crime ambiental e dano ao patrimônio histórico e cultural.
O inquérito vem como um “acordão” com os altos executivos, que responderão em liberdade, e as empresas que terão garantias para voltarem a funcionar. As vítimas do acidente sequer são citadas. O acompanhamento que o Esquerda Diário fez da tragédia mostrou a negligência dos governos com a população e com o meio ambiente e mais uma vez a Justiça mostra que não está ao lado das vítimas da tragédia, abreviando um dos maiores crimes ambientais do mundo.




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