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TRABALHO ESCRAVO | Indústria do chocolate explora trabalho infantil na África, denuncia organização de direitos humanos

quinta-feira 25 de março de 2021 | Edição do dia

A organização de direitos humanos Internacional Rights Advocates (IRA) citou as empresas Nestlé, Mars, Hershey, Cargill, Mondelez, Olam e Barry Callebaut em uma ação protocolada na Justiça norte-americana. As empresas são acusadas de tráfico de crianças e exploração infantil. O IRA representa oito jovens do Mali que denunciam ter sido sequestrados para a Costa do Marfim, sendo forçados a trabalhar em fazendas de cacau em condições degradantes e com formas análogas à escravidão.

Não é de hoje que empresas da indústria do chocolate são denunciadas em processos deste tipo, em 2020 a Nestlé e Cargil tiveram que responder a um processo na suprema Corte dos EUA. A Costa do Marfim e Gana são os maiores produtores de cacau do mundo. As empresas da indústria do cacau apoiadas em governos autoritários no continente africano, exploram trabalhadores e vendem seus filhos como se fosse na escravidão. Esse é o papel perverso que os capitalistas cumprem na vida dos trabalhadores.

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O diretor do IRA argumentou que em 2005 algumas empresas da indústria do chocolate haviam assinado um protocolo no qual estas empresas admitiam o uso de trabalho infantil nas colheitas de cacau e se comprometiam em erradicar esse problema de suas cadeias produtivas até 2005. Nada mudou. Pelo contrário essas empresas prorrogaram o prazo para 2025 se comprometendo agora em reduzir 70% o uso de crianças escravizadas

É bárbara a maneira racista como o imperialismo lida com a vida dessas crianças, passa de qualquer limite de humanidade, traficar crianças para que trabalhem em plantações de cacau para garantir lucros que chegam a 103 bilhões de dólares anualmente. Dói no coração de qualquer mãe trabalhadora saber que de seu filho será arrancado até mesmo o direito de ser criança, estudar, etc. porque meia dúzia de capitalistas precisam sugar até a alma de seus filhos para lucrar. A burguesia imperialista só mostra que o sistema capitalista não pode oferecer nada além da barbárie, a ganância por lucros de empresários aprofundam ainda mais o racismo no continente africano.

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Fonte: O Tempo




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