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COVID-19 | Índia ultrapassa Brasil como segundo país com mais casos de coronavírus no mundo

Índia informa novo recorde, são 168.912 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, o país agora é o segundo no ranking com cerca de 13,5 milhões de casos confirmados desde o começo da pandemia, estando também em quarto no número de mortos pela doença com mais de 170 mil pessoas.

segunda-feira 12 de abril de 2021 | Edição do dia

Foto: Reuters/Francis Mascarenhas

Nas últimas 24 horas, a Índia registrou mais 904 mortes por COVID-19, o que leva o total para 170.179, segundo os dados desta segunda-feira (12). O número de casos confirmados subiu para 13,53 milhões, segundo a Universidade John Hopkins o número total de casos no Brasil é de 13,48 milhões e no Estados Unidos, que lidera o ranking mundial com 31,2 milhões de casos.

Índia registrou mais de 938 mil novos casos nos últimos 7 dias, um aumento de 70% em comparação a semana passada, segundo dados reunidos pela agência de notícias AFP.

Em comparação, Brasil registrou pouco mais de 497 mil casos, com uma tendência crescente de 10% em relação a semana passada. Estados Unidos informou cerca de 490 mil novos casos, com uma tendência pouco maios que 9%. Índia havia superado o Brasil em setembro do ano passado e se tornado o segundo país com mais casos confirmados do mundo, mas voltou a terceira colocação após uma diminuição dos casos no começo deste ano.

O segundo país mais populoso do mundo, está sofrendo com o forte aumento dos casos, após semanas de cerimonias religiosas, sociais e campanhas e campanhas eleitorais sem uso de máscaras. Enquanto as eleições regionais estão sendo realizadas em vários estados, dezenas de milhares de pessoas também se reuniram no estado de Uttarakhand, ao norte, para o Kumbh Mela ou Festival do Jarro, uma peregrinação religiosa hindu.

O governo federal, se recusa a adotar um lockdown nacional, depois que o primeiro teve um enorme impacto econômico no país. Mas muitos estados estão impondo medidas repressivas, após a recuperação do quadro na Índia, depois dos aumentos diários caírem para menos de 9 mil no início de fevereiro, muitos estados e territórios severamente afetados impuseram fortes restrições ao movimento e às atividades.

Em Dehli, um toque de recolher foi imposto para os 25 milhões de habitantes. O primeiro-ministro do estado disse no domingo que 65% dos novos pacientes com COVID-19 tinham menos de 45 anos.

Em Maharashtra e sua capital mais atingida, Mumbai, restaurantes estão fechados e reuniões públicas de mais de cinco pessoas são proibidas depois que o estado impôs o fechamento no final de semana e o toque de recolher noturno na semana passada. Maharashtra também alertou que um bloqueio total pode ser imposto nos próximos dias, à medida que os casos aumentam.

Crise na vacinação?

A Índia é um dos países escolhidos por várias empresas farmacêuticas para produzir a vacina contra o coronavírus. Por ser um dos principais fabricantes mundiais, o país só conseguiu inocular 6,8% de sua população. Embora tenha uma vacina desenvolvida localmente, ela teve que ser usada com urgência em profissionais de saúde quando os resultados da fase 3 das investigações ainda não haviam sido publicados.

A Índia, juntamente com a África do Sul, foi o país que em outubro passado apresentou à Organização Mundial do Comércio um pedido de suspensão temporária de patentes para fabricação de vacinas, mas os imperialismos europeu e americano tomaram a iniciativa de rejeitar o pedido.

Esta recusa é a principal responsável não só por muitos países ainda não terem conseguido iniciar um plano de vacinação, ou o terem feito em proporção insignificante, mas que, juntamente com a disseminação de novas cepas mais contagiosas que a original, ameaçam com ineficazes as vacinas atuais, fazendo com que o plano fracasse em todo o mundo e gerando novas ondas de infecções, afetando principalmente a vida de milhões de pessoas nos países mais pobres do planeta.




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