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Negacionismo | "Imunizados desenvolvem Aids": Facebook remove live com fake news de Bolsonaro

Em sua live semanal na quinta, Bolsonaro afirma que imunizado com a vacina contra covid-19 desenvolvem Aids. Desta vez, Facebook remove de suas plataforma o video com fake news. Entretanto, os trabalhadores, a juventude e todos os setores que em algum momento se colocam em luta contra as medidas dos diferentes governos devem questionar tamanho poder nas mãos de grandes capitalistas das redes sociais e das empresas de tecnologias para decidir o que fica e o que é tirado do ar.

segunda-feira 25 de outubro de 2021 | Edição do dia

O Facebook e o Instagram derrubaram na noite deste domingo (24), a live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) transmitida na última quinta-feira (21). O vídeo não está mais disponível em nenhuma das duas plataformas.

Bolsonaro usou suas redes sociais para espalhar uma fake news produzida por um grupo negacionista do Reino Unido. “Outra coisa grave aqui, só vou dar a notícia, não vou comentar, já falei sobre isso no passado e apanhei muito. Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados, quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose, 15 dias depois após a primeira dose… estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência muito mais rápido que o previsto”, disse Bolsonaro durante live.

De acordo com o G1, trata-se de uma fake news plantada pelo site negacionista Beforeitnews, que publica textos dizendo, entre outras coisas, que as vacinas contra a Covid rastreiam as pessoas.

A fake news espalhada por Bolsonaro é descabida, mas não foi isso que sensibilizou o capitalista por traz do Faceboook a tomar uma atitude contra os conteúdos negacionistas. Essa mesma rede social vem sendo julgada nos EUA por sua conivência com a propagação do discurso de ódio em suas plataformas.

Saiba mais: Ex-funcionária do Facebook diz que rede sabia dos discursos de ódio e escondia violências

No início do ano, o Twitter também bloqueou a conta do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, impedindo instantaneamente seu contato direto com 88 milhões de seguidores. Um gigantesco poder de censura nas mãos de um punhado de bilionários da tecnologia que, desta vez, estava voltado contra direita, mas que a história mostra que quando se volta contra os trabalhadores e a esquerda é centenas de vezes mais duro e perverso.

Com esse acontecimento, achamos importante chamar a atenção para não cair na armadilha de aplaudir medidas de censura como esta agora do Facebook ou a que teve o Twitter, que reforçam o poder dos capitalistas das empresas de tecnologias sobre toda a população. As decisões sobre o conteúdo permitido devem ser retiradas das mãos de bilionários e entregues aos trabalhadores e à sociedade em geral. Aumentar o controle dos trabalhadores que estão nas empresas de tecnologia é um passo na direção da socialização das mídias sociais, que são hoje, a esfera pública mais importante. E, portanto, deve estar sob o controle democrático de todos.




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