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DEMISSÕES DA FORD | Impacto da saída da Ford nos empregos pode ser maior do que se esperava

Segundo estudo conduzido na UFMG, a saída da montadora americana do país pode gerar perda de empregos maior do que o se estima até agora.

segunda-feira 18 de janeiro de 2021 | Edição do dia

(Foto: Edilson Dantas/ Agência O Globo)

Um estudo feito por pesquisadores do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG), buscou estimar qual seria o impacto da saída da Ford na economia brasileira, levando em conta que a indústria automobilística é bastante integrada com outros setores e gera demanda para outras indústrias e serviços.

Assumindo que o espaço e as fábricas hoje da Ford não seriam ocupados por outras indústrias do mesmo ramo, os pesquisadores calcularam que poderia haver um impacto de até R$ 16 bilhões no valor adicionado no PIB brasileiro, no acumulado até 2040.

Mais que isso, os efeitos no mercado de trabalho no curto prazo seriam bastante fortes. Em 2021 seriam perdidos cerca de 52,3 mil postos de trabalho formais, diretos e indiretos, e continuaria crescendo, chegando a uma perda acumulada de 74,2 mil vagas formais em 2025. Mesmo que se preveja uma recuperação posterior, até 2040, pelo menos, ainda teriam efeitos da saída da Ford no mercado de trabalho formal.

Leia mais: Milhares de terceirizados da Ford foram ou serão demitidos. Por que ninguém fala disso?

Ainda que se trate de uma estimativa e que os efeitos reais possam variar em relação a estes, é uma demonstração da importância de se levar a cabo uma luta forte, através da frente única operária com outros setores da classe trabalhadora, contra as demissões, pela garantia dos empregos e por uma Ford que esteja sob controle dos trabalhadores.

O estudo completo pode ser visto aqui.




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