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LUTA DE CLASSES | Haiti: continua o repúdio ao presidente Jovenel Moïse e se anunciam mais mobilizações

Há mais de seis meses são feitos protestos itinerantes no Haiti, desatados a princípio contra o aumento do preço dos combustíveis, comida e desvalorização da moeda, somado à escassez de água potável, medicamentos e gás. Isto se enquadra numa profunda crise econômica no país mais pobre da América Latina, onde mais da metade da população sobrevive com menos de dois dólares ao dia.

sábado 26 de outubro de 2019 | Edição do dia

Nos últimos dias a oposição ao governo anunciou que na próxima semana se retomarão as mobilizações contra o governo de Moïse, acusado de diversos casos de corrupção, entretanto o presidente declarou que: “não está apegado ao poder e sim às reformas que pretende implementar”.

Essas são a reforma constitucional e a modificação da lei aduaneira e ao setor energético. Porém Moïse tem mandado reprimir cada mobilização e inclusive os atos funerários de vítimas da mesma polícia mandada pelo presidente.

Declarou que se deve “ver como podemos tirar proveito desta crise, como fazer desta crise uma oportunidade”, mas é claro que nenhuma saída que venha de seu governo subordinado aos mandatos do FMI e do governo estadounidensa lhe darão uma saída às terríveis condições de vida do povo haitiano.

Devido à paralização de atividade diversas empresas, principalmente hotéis na capital, têm demitido centenas de trabalhadores.

Da mesma forma as escolas se mantém fechadas há mais de um mês. Na última segunda-feira os principais sindicatos de professores se somaram às mobilizações e denunciaram que os direitos econômicos de mais de 200 mil docentes são violados pelo atual governo.

Além disso, em 17 de outubro a ONU anunciou que a continuidade de suas políticas intervencionistas com o programa BINUH [Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti, NdT], que será a continuação do MINUJUSTH [Missão das Nações Unidas para o Apoio à Justiça no Haiti, NdT] que, por sua vez, foi precedido pelos Capacetes Azuis [como são chamadas as tropas da ONU, NdT], responsáveis por vários assédios contra os haitianos.

As manifestações no Haiti se mantém em um contexto convulsivo a nível internacional, onde cada vez mais trabalhadores e jovens saem às ruas para lutar contra seus governos e os planos do FMI.




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