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Há um ano do #EleNão é preciso debater balanços e perspectivas no movimento feminista

Há um ano do #EleNão é preciso debater balanços e perspectivas no movimento feminista

Entrevistamos Diana Assunção e Carolina Cacau do Pão e Rosas que na última quinta-feira estiveram na Universidade Federal Fluminense em Niterói como parte do Ciclo de debates Feminismo e Marxismo. Na entrevista elas apresentam uma visão sobre os rumos do movimento feminista desde às enormes manifestações do #EleNão.

IDE - Já são 10 meses de governo Bolsonaro. 1 ano e 6 meses do assassinato de Marielle. Uma semana do assassinato de Agatha. Como vocês veem a situação do movimento feminista atual?

Diana - Pra pensar o movimento feminista atual é também importante remarcar que hoje dia 29 se completa 1 ano das enormes manifestações do #EleNão. Considero que analisar esse processo contribui para o debate sobre feminismo e marxismo no Brasil e para refletir sobre balanço e perspectivas do movimento feminista hoje diante do governo Bolsonaro. Em primeiro lugar sabemos que o bolsonarismo veio como um resultado do golpe institucional. E interessante analisar que ele tenha se fortalecido em paralelo ao desenvolvimento da Primavera Feminista no Brasil. O que isso significa? Que um dos componentes do bolsonarismo foi também uma reação pela direita ao avanço da luta das mulheres, que vinha, no Brasil, como reflexo de um amplo fenômeno internacional.

IDE - O que estava acontecendo a nível internacional?

Cacau - Um levante mundial de mulheres se rebelando contra o patriarcado, contra as leis do neoliberalismo e buscando impor uma nova ordem de questionamento ao fato de que as mulheres seguem morrendo por abortos clandestinos, por feminicídios, os índices de estupro seguem altíssimos, seguem ganhando salários menores, nem falar as mulheres negras que tem todos esses componentes aprofundados com a opressão racial. Esse levante não necessariamente levava a um questionamento e enfrentamento com o capitalismo, ainda que resgatou os métodos clássicos da classe operaria como as greves transformando o 8 de março num dia de combate e não de festa ou manifestações testemunhais e também voltou a falar da classe trabalhadora. Estes processos que ocorreram com destaque nos Estados Unidos, na Argentina, na Irlanda, na Índia, no Chile e em outros países teve forte impacto no Brasil nos últimos anos no que ficou conhecido como Primavera Feminista. Pelo menos desde 2015 este processo passou a ter mais força, como consequência também das jornadas de junho que trouxeram à tona os temas democráticos no Brasil numa fortíssima crise de representatividade.

IDE - Qual a relação desse levante internacional com o golpe institucional?

Diana - A questão é que ao mesmo tempo em que íamos avançando, no bojo deste movimento internacional, em batalhar contra a ordem patriarcal ao menos no que diz respeito aos costumes, valores e a cultura, se gestava no seio da política brasileira os primórdios de um ofensiva da direita pra garantir que os planos internacionais de ajustes que pudessem descarregar a crise nas costas da população fossem feitos de maneira mais acelerada do que o governo do PT vinha fazendo. Os governos do PT passaram a aplicar planos de ajustes mais leves do que o que o mercado financeiro pedia, ao mesmo tempo que não deu passos concretos, por exemplo, nos direitos mais básicos das mulheres como é a legalização do aborto. Aqui o movimento feminista no Brasil se encontrou em uma encruzilhada – era possível seguir mudando a cultura e os costumes sem batalhar contra a estrutura capitalista da sociedade e mais que isso sem se enfrentar com esse golpe que estava começando a se gestar? Não, não era possível e as consequências disso foram se expressando depois.

A questão que estava colocada é que o impressionante movimento de mulheres podia lutar por representatividade, por uma nova cultura não machista e todos os avanços que se expressaram – não é como antes, e não será como antes, me lembro de ver uma jovem de 13 anos com um cartaz em uma manifestação dizendo essa revolução não tem volta, realmente não tem. Mas tem contra ataque. O bolsonarismo é expressão desse contra ataque. Ou seja, não se pode achar que vamos mexer superficialmente em algo milenar que é o patriarcado sem resistência nenhuma, sem opositores e mais que isso, que seria possível destruir o patriarcado sem destruir o capitalismo.

IDE - Qual foi o impacto desse paradoxo entre o avanço do movimento de mulheres e a ascensão do bolsonarismo?

Cacau - O bolsonarismo conseguiu captar em meio ao desenvolvimento do golpe institucional a crise de representatividade pela direita, o rechaço de classe ao PT e o conservadorismo reacionário nos costumes que tinha como emblemas o enfrentamento contra o movimento de mulheres, contra esses nossos avanços parciais, contra os negros, LGBT’s, contra a ideia de que as mulheres decidam sobre seu próprio corpo. E confluiu com a necessidade de levar diante um cruel plano de ajustes, como pudemos ver com a aprovação da reforma da previdência já neste primeiro ano de governo. Vimos muitas feministas se perguntarem como podia ser que com todo esse fortalecimento do movimento de mulheres, terminamos em 2019 com um governo misógino que faz campanha pra que a mulheres vistam rosa e os homens azul, que faz campanha permanente contra o direito ao aborto, que quer transformar o patriarcado que vivemos em um ultra-patriarcado ainda mais reacionário e opressor? Pra mim isso se conecta com o balanço das grandes manifestações do #EleNão. Com aquelas manifestações se acendeu uma chama de esperança. Era aquele movimento forte que víamos crescer, que estava indo pras ruas em manifestações massivas para rechaçar Bolsonaro. Muitas acreditaram que podíamos derrotá-lo assim. Porém não era possível derrotar Bolsonaro somente com manifestação de rua sem uma estratégia clara. O que aconteceu foi a junção do ódio a Bolsonaro por parte de uma massa de mulheres com espaço pra todo o tipo de estratégia.

IDE - O problema e que a junção do ódio contra Bolsonaro combinava vários tipos de ódio...

Diana - Sim, e alguns destes era mero oportunismo de gente que assumidamente foi parte do golpe. O desenrolar do golpe institucional para tirar o PT do governo, e assim fazer ataques mais duros do que eles vinham fazendo, não tinha como plano ideal a entrada de Bolsonaro. Talvez fosse melhor algum liberal na economia, mas não tão conservador nos costumes. Por isso no movimento #EleNão todo o tipo de político tentou capitaliza-lo, até os foram parte do golpe institucional. Foi utilizado pelo PT, como campanha eleitoral própria em defesa de sua política de conciliação de classes que abriu espaço ao golpe institucional e tudo isso sem nenhuma estratégia para de fato transformar aquela enorme força das mulheres em uma resposta potente ao que estava em curso no Brasil. O que poderia ter acontecido se o movimento de mulheres tivesse se auto-organizado nas estruturas pra impor às burocracias sindicais que organizassem nesse mesmo dia paralisações nos locais de trabalho conectando o movimento de mulheres com a classe trabalhadora? O que poderia ter acontecido se o movimento de mulheres tivesse se organizado junto com a esquerda pra exigir das grandes centrais sindicais que transformassem aquele dia de manifestação em uma dia de luta também da classe trabalhadora se manifestando em todas as regiões do pais? O que poderia ter acontecido se houvesse uma ala esquerda, com os partidos de esquerda rechaçando a tentativa de usurpação da força das mulheres por parte dos atores do golpe institucional? Nada disso seria uma garantia pra derrotar Bolsonaro, mas nos aproximaria do caminho correto para enfrentar a extrema direita. Esse caminho não pode ser de unidade com todos que são contra Bolsonaro, independente de quem são. E tampouco pode ser uma estratégia meramente eleitoral que em 2018 se expressou no vira voto e agora se expressa na preparação para as eleições de 2020.

IDE - Como isso se conecta com o debate sobre feminismo e marxismo?

Cacau - A análise do debate marxista acerca do feminismo vai se comprovando na prática, não é letra morta. Aqui se expressa em concepções mais de fundo como quem é o sujeito da transformação da sociedade, qual programa devemos levantar, qual estratégia. Para o feminismo marxista não há dúvidas de que o sujeito da transformação radical da sociedade é a classe trabalhadora. Até mesmo os feminismos mais de esquerda que existem hoje como o feminismo para os 99% diluem a questão da centralidade da classe trabalhadora. Entender quem é nosso inimigo central leva a conclusão de qual é o sujeito dessa luta. Se nosso inimigo central é o sistema capitalista e na sua relação com o patriarcado, o único sujeito capaz de enfrentar este sistema é aquele que pode paralisar os meios de produção e toda a engrenagem da exploração capitalista, se apoderando destes meios pra tomar pra si as rédeas da produção e assim tomar o poder político da sociedade, abrindo espaço para uma outra sociedade. Quem tem o poder de paralisar a produção é a classe trabalhadora, principalmente aquela parte mais concentrada da classe na indústria, nos transportes e nos serviços estratégicos. Este ponto é importante pra localizar a relação entre opressão e exploração sem diluir o conceito de classe trabalhadora no conjunto das novas teorias e ideologias que surgem com o movimento feminista internacional. Em última instância, a relação entre opressão e exploração é o debate dos debates entre todas as vertentes do feminismo e o marxismo, que leva diretamente ao debate sobre quem é o "sujeito". Isso deve partir de ver claramente que a classe trabalhadora se feminizou extraordinariamente e no Brasil é majoritariamente negra. Neste ponto consideramos que é necessário dizer abertamente que um feminismo anticapitalista só pode considerar que a questão de classe, ou seja, da exploração capitalista é a raiz da sociedade de classes, que se utiliza de todas as formas de opressão, no caso da opressão de gênero anterior ao sistema capitalista mas também do racismo, pra avançar, como um processo unitário que combina capitalismo e patriarcado, para melhor manter sua dominação

IDE - Isso explica a necessidade de unificar as pautas?

Diana - Sim, porque esta situação deve nos fazer ver os limites de um feminismo que aceita a divisão entre a luta pelos direitos das mulheres e a luta contra os ataques econômicos: um feminismo que não tem uma estratégia para enfrentar os nossos inimigos de classe. Porque mesmo os avanços na luta das mulheres, se não estão conectados com uma luta anticapitalista podem ser retirados e de repente está Bolsonaro no poder. O programa político não pode ser um programa de ampliação de direitos progressivamente mas sim um programa que dê contas das demandas mais elementares, mas que nela própria esteja inserida a perspectiva de um programa que ataque os lucros capitalistas e vá na raiz da exploração capitalista. A estratégia não pode ser outra que não a de destruir o capitalismo e o patriarcado lutando por uma outra sociedade, o que exigirá também uma ferramenta que para os marxistas revolucionários é um partido revolucionário da classe trabalhadora. Por isso o movimento #EleNão pode ser analisado deste ponto de vista também. Ali a consigna motora, fortemente eleitoral, buscava retomar a força das mulheres para dizer que “ele não”, ou seja, “Bolsonaro não”, já que ele é o que representava de forma mais perversa a misoginia contra as mulheres. Mas o movimento era tão amplo - ou seja, “ele não” mas os outros “podem ser” - que atuou com um arco de participantes na hashtag ou diretamente nos atos que incluíam até mesmo Geraldo Alckmin, do golpista PSDB. Se as centrais sindicais dirigidas pelo PT não fizessem essa separação criminosa, imaginem o impacto de uma manifestação massiva de mulheres nas ruas, com uma paralisação nacional tendo as mulheres trabalhadoras à frente para derrotar Bolsonaro na luta de classes? Em uma manifestação assim não haveria espaço nem para a latifundiária Kátia Abreu, nem para a golpista Marina Silva. E no decorrer da luta, as mulheres iriam perceber, mais cedo ou mais tarde, que o “lute como uma menina” de Manuela D’Ávila e da UJS é de mãos dadas com Rodrigo Maia, que chorou de emoção com a destruição do nosso futuro.

IDE - A que conclusões isso leva?

Cacau - A conclusão mais profunda a que devemos chegar é que não é possível mudar a situação da opressão de gênero apenas introduzindo aspectos culturais e de mudanças de valores e comportamentos. Vocês entendem que isso veio acontecendo no Brasil e agora estamos no bolsonarismo? Eles não deixam de ser importantes, e é preciso destacar que a necessidade de várias empresas, mídias, e inclusive partidos políticos de centro e de direita buscarem consultoria para dialogar com o público sensível à pauta feminista é expressão distorcida da luta das mulheres. É uma expressão porque a crítica ao papel da mídia na superexploração do corpo feminino, na objetificação e heteronormatividade do sexo, e no incessante bombardeio de ideias por um padrão de beleza inalcançável é parte de um combate decidido a uma sociedade que utiliza seus meios de comunicação como forma de legitimar o patriarcado. Mas também é distorcido porque, longe de concordar com a necessidade de real emancipação das mulheres, a classe dominante, frente aos descontentamentos sociais, não irá concordar com as bandeiras dos oprimidos e explorados, mas irá buscar se apropriar parcialmente delas até esvaziá-las de seu conteúdo subversivo e revolucionário para manter seus lucros e sua dominação de classe.

Diana - E a conclusão mais tática em relação ao balanço do #EleNão e que teria feito muita diferença se a esquerda socialista e as correntes feministas que reivindicam o feminismo marxista tivessem atuado nessa manifestação com um polo claramente delimitado da estratégia eleitoral de alianças amplas, com um programa pra que os capitalistas pagassem pela crise e com uma batalha pra se unificar com a classe trabalhadora usando inclusive a força desse movimento internacional pra sacudir os sindicatos e obrigar a uma luta que unificasse a força das mulheres nas ruas com uma paralisação nacional que parasse a produção. Se tivéssemos tido esse polo isso seria uma forte ponto de apoio pra, mesmo que sem derrubar Bolsonaro, construir uma esquerda que fosse realmente alternativa ao PT e que pudessem se conectar com a juventude no enfrentamento a Bolsonaro. Entretanto, como balanço mais de conjunto vemos que a combinação entre a) priorizar um programa de representatividade para as mulheres independente do conteúdo político e uma unidade independente do conteúdo contra Bolsonaro, b) uma política de separação entre as demandas das mulheres e as demandas econômicas e c) a ideia de que a luta das mulheres avançaria em si mesma, por fora do combate ao golpe institucional, são três questões que terminam esvaziando de estratégia o movimento feminista e transformando nossa luta em algo inofensivo ao capitalismo, ou seja, abdicando de uma estratégia para transformar a sociedade. A energia de milhares de mulheres e meninas que se levantam como efeito do fenômeno internacional de mulheres terminará canalizada dentro das instituições com essa estratégia apenas de resistência.

Cacau - Por isso, no Brasil, a ideia de que o feminismo poderia avançar sem choques de classe, traz lições. Se não batalhamos contra as tentativas de cooptação, se não enfrentamos as ilusões democráticas buscando o caminho da luta de classes e se não buscamos nos ligar à classe trabalhadora para arrancarmos nossos direitos e avançar a partir daí, o movimento feminista tende a conseguir transformar alguns aspectos da cultura, mas que depois podem ser retirados porque não vão na raiz do problema. O problema é que quando vêm as crises – sejam as econômicas, sejam as “orgânicas” de representatividade – serão os nossos direitos os primeiros a serem retirados, e então nos vemos “de repente” diante de um governo de extrema direita e misógino como Bolsonaro.

Diana - Sim, e não há nenhuma outra estratégia para enfrentar essa situação que não seja batalhar pelo fim do capitalismo e pela construção de uma outra sociedade. Aprendemos isso com as experiências mais avançadas da história da classe operária mundial, como a Revolução Russa. Fruto dela, a Teoria da Revolução Permanente busca, como expressamos, demonstra a engrenagem entre a centralidade da classe operária para encabeçar a luta pela derrubada do capitalismo e a sua relação com todos os setores oprimidos da sociedade, que, diga-se de passagem, cada vez mais são protagonistas dessa classe. Uma classe trabalhadora cada vez mais negra, cada vez mais feminina que pode levantar com toda a forca as bandeiras dos setores oprimidos e dos movimentos sociais por terra e moradia, bem como a luta em defesa do meio ambiente.

IDE - E quais são as tarefas do movimento feminista hoje?

Cacau - Por tudo isso que nesse momento o movimento feminista no Brasil precisaria debater esse balanço e essa perspectiva de uma luta feminista que seja anticapitalista com um programa para os capitalistas pagarem pela crise, que tenha uma estratégia de enfrentamento contra Bolsonaro sem se aliar com outra alas burguesas que podem parecer mais progressistas como Maia e Toffoli (que estão garantindo os planos de ajustes) e buscando se ligar a classe trabalhadora. Nesse marco considero que deveríamos levantar com todo o peso algumas tarefas prioritárias – Lutar com toda sua energia pela unidade das fileiras operarias porque a terceirização e a precarização do trabalho, incluindo as economias de plataforma agora que atinge principalmente a juventude, e majoritariamente as mulheres e os negros. Se vemos que o movimento de mulheres precisa estar conectado com a classe trabalhadora, uma bandeira fundamental é essa. Uma segunda tarefa fundamental é não aceitar de maneira nenhuma a subordinação das mulheres negras que se expressa no fato de que ganham 60 por cento a menos do que os homens brancos. Uma campanha permanente seria fundamental ser levantado pelo movimento feminista hoje. Se expressa também no fato de sermos as que mais morrem nos casos de feminicídios, a maioria nas vítimas de violência doméstica, as mais afetadas pela mortalidade materna e violência obstétrica, as que mais morrem nos casos de abortos clandestinos e também maioria nos números de mortes de violência do estado, comparado a mulheres brancas. Ou seja, muitas formas cruéis de combinação entre machismo, racismo e exploração, que precisam ser encaradas desde a estratégia e programa dentro feminismo. No Rio de Janeiro, em particular essa realidade é mais aguda e é parte também da luta por justiça a Marielle e agora também por Agatha Felix e por todas as vítimas da violência do estado.

Diana - E a hipótese que viemos levantando como Pão e Rosas internacionalmente busca uma leitura sobre o movimento internacional de mulheres porém como dissemos vinculado a classe trabalhadora. Partindo de que seguimos considerando que a classe trabalhadora é o sujeito fundamental da revolução socialista consideramos que a força do movimento de mulheres hoje pode sacudir as direções "tradicionais" do movimento operário - em sua maioria homens e brancos - e encontrando uma classe operária progressivamente mais feminina e negra fazer com que as mulheres sejam vanguarda da revolução proletária, ou seja, sejam dentro da classe trabalhadora a vanguarda desse sujeito revolucionário. Isso significa que apostamos na possibilidade de que a revolução proletária no Brasil possa ter rosto de mulher e especialmente de mulher negra. Tirar as lições das nossas lutas e manifestações, pra entender as diferenças entre o feminismo marxista e todos os outros tipos de feminismo e o que pode nos preparar melhor pras batalhas futuras que estão já batendo na nossa porta.


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