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Guias turísticos protestam em palácio Guanabara pelo pagamento do auxílio emergencial

Por conta da pandemia e do paralisação das atividades turísticas, os trabalhadores do ramo do turismo, estão mais de três sem renda. Mesmo com a sanção da lei 8858/20 que autoriza o pagamento do salário emergencial no dia 04/06/20, Witzel ainda não liberou os pagamentos.

sábado 11 de julho de 2020 | Edição do dia

Foto: @ligadeguias

O Turismo na cidade conhecida internacionalmente como maravilhosa movimenta bilhões para os cofres do estado todos os anos, em contrapartida, são inúmeros os desrespeitos que os guias legalmente certificados pelo CADASTUR (Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos) sofrem. Os guias são mais uma das categorias de trabalhadores precarizados, com diárias menores do que previsto pelo sindicato e carga-horária abusivas, fazendo com que a maioria dos trabalhadores tenham que ter outros trabalhos para complementar a renda. O ecoturismo é uma das modalidades da profissão que expõem o trabalhador em diversos riscos que em muitos casos não tem qualquer medidas protetivas para segurança dos trabalhadores. A categoria que trabalha nas ruas do Rio antigo e histórico, os guias do walking tour/city tour que durante a jornada não tem banheiro e nem água sendo obrigados a decorar os comércios do trecho em que podem pedir para usar os serviços básicos.

Desde o começo de março os guias de turismo que em muitos trabalham sem qualquer vínculo trabalhista, prestando serviços autônomos para agências e operadoras de viagens, e/ou, por conta própria, a categoria se viu completamente a mercê da própria sorte com os efeitos da pandemia causada pelo novo COVID-19. Os donos das empresas aéreas (como nas demissões em massa da LATAM) e grandes redes hotéis seguem privilegiando seus lucros enquanto recebem ajuda dos governadores, deixando esses trabalhadores à mercê.

São 4 mil guias no Rio de Janeiro que estão em casa assistindo a reabertura do Parque Nacional da Tijuca (que agora está sob a chefia do Coronel da Reserva Carlos Tavares) e do Jardim Botânico sem os seus pagamentos. A LIGUIA (Liga Independente dos Guias de Turismo) chegou a organizar duas reuniões com os responsáveis pelo cumprimento da Lei 8858/20, lei que autoriza recursos emergenciais a categoria, sendo a última realizada no dia 22/06. Não tendo nenhuma resposta do pagamento os trabalhadores foram até o palácio da Guanabara em manifestação no dia 07 julho pelo pagamento imediato do auxílio. Já se passaram mais 30 dias desde que a lei foi sancionada.

São mais de 3 meses de completo abandono diante da impossibilidade dos guias retomarem suas atividades assim como os trabalhadores da cultura, o mínimo que Witzel pode fazer é garantir o pagamento do auxílio emergencial com esse valor de fome que deveria ser de, no mínimo, 2.000 reais. Este governador que está até o pescoço envolvido em esquemas de superfaturamento de aparelhos respiratórios não se responsabiliza pelas vidas dos trabalhadores e suas famílias não morram de fome durante a pandemia!

Nós, do Esquerda Diário, nos solidarizamos com os guias, exigindo o pagamento imediato da renda emergencial!




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