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Guedes atua para acelerar reforma da previdência e atacar trabalhadores

O reacionário ministro da economia, Paulo Guedes, vai desacelerar o plano de abertura comercial do Brasil em função da articulação da Reforma da Previdência para atacar ainda mais os trabalhadores.

segunda-feira 4 de fevereiro de 2019 | Edição do dia

O reacionário ministro da economia, Paulo Guedes, vai desacelerar o plano de abertura comercial do Brasil em função da articulação da Reforma da Previdência para atacar ainda mais os trabalhadores. A decisão é fruto de pressão do mercado e de setores da indústria nacional e da iniciativa privada, que querem uma abertura comercial já num cenário de maior retirada de direitos garantida pela aprovação da Reforma.

O plano de abertura econômica de Guedes, que foi parte importante do curto discurso de Bolsonaro em Davos, especialmente no diálogo com outros países de governantes da extrema-direita, consiste na redução dos impostos de importação no país, num curto prazo de 14% para 10%, esperando em 3 anos atingir uma redução para chegar nos 4%.

No entanto, o foco do governo é a Reforma da Previdência. Guedes já sinalizou a importância da ajuda dos setores da indústria nacional e outros setores privados para a articulação da Reforma no Congresso, e, disposto a desacelerar o plano de abertura comercial do Brasil, escancarou ainda mais que sua maior prioridade no momento é descarregar a crise nas costas dos trabalhadores.

Agora o Congresso voltou a funcionar e tem as presidências das casas definidas, com os nomes escolhidos para a aprovação dos ataques no comando do Senado (Davi Alcolumbre – DEM) e Câmara de Deputados (Rodrigo Maia – DEM). Essa nova configuração, junto com os planos do reacionário Ministro Paulo Guedes, explicita a tamanha importância desse ataque que faz com que todos os políticos burgueses, apesar das diferenças, concordem que querem a reforma para nos fazer pagar pela crise.

Para setores da Indústria, é fundamental a aprovação da Reforma para avançar em outras medidas da agenda econômica, garantindo um terreno em melhores condições para os empresários, reduzindo gastos e garantindo que milhões trabalhem até morrer. Enquanto os setores do empresariado nacional clamam por melhores condições de competitividade para uma abertura comercial no Brasil, as grandes potencias imperialistas querem poder usufruir dessa abertura também em condições mais favoráveis, sem encargos com direitos trabalhistas, e podendo se usar de um trabalho ultra precário.

A Reforma da Previdência é um ataque central dos capitalistas e dos patrões para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores para manter seu lucro, e, como Paulo Guedes mostrou, o governo vai fazer de tudo para garantir sua aprovação. Os trabalhadores, que já mostraram sua força esse ano fazendo a GM recuar com os ataques, podem cumprir um papel decisivo para barrar essa reforma, e pra isso precisam superar as direções burocráticas das centrais sindicais que mantém sua paralisia e não se dispõem a organizar uma luta séria.

As mulheres, que vão ser diretamente afetadas com esse ataque, podem tomar a frente dessa luta contra Bolsonaro e toda a extrema-direita, a partir de se organizar, em cada local de estudo e de trabalho para fazer do 8 de março, dia internacional das mulheres, um grande ato contra Bolsonaro e todos os seus ataques.




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