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LUTA UNESP CRESCE | Greve e ocupação na Unesp de Marília!

Nesta terça-feira (24/05) em assembleia geral os estudantes da Unesp de Marília se somaram ao movimento das estaduais paulistas e deflagraram greve geral no campus e ocupação do prédio de aulas.

sexta-feira 27 de maio de 2016 | Edição do dia

No Rio Grande do Sul, no Ceará, no Rio de Janeiro, no Estado de São Paulo, com Unicamp, USP, em diversos campi da Unesp, e agora em Marília, por todos os lados só cresce a luta pela educação! Os estudantes, funcionários e professores não estão dispostos a pagar pela crise, não vão aceitar os cortes de verbas, e estão tomando seus rumos nas mãos com greves e ocupações por todo o país!

Na Unesp os campi de Franca, Assis, Araraquara, Marília e São Paulo já estão com greves estudantis, além das greves dos funcionários, e diversas assembleias já estão marcadas com indicativos de greve para a próxima semana. A assembleia em Marília, com centenas de estudantes, deliberou greve por contraste, com pouquíssimos votos contrários!
Segue comunicado da Assembleia Geral de Marília:

"PARA ACABAR COM A PRECARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: GREVE GERAL DA EDUCAÇÃO!!!

A situação da educação brasileira é catastrófica, com altos índices de reprovação, inúmeros analfabetos funcionais, falta de verbas, baixos salários, corrupção e salas de aula superlotadas. Na educação superior pública — as universidades – a situação não é tão diferente: falta verbas, e o ensino superior segue à deriva. Há contundo, um agravante, tal seja, a privatização. O grosso do ensino superior se dá em instituições privadas, de parca qualidade, onde, na maioria das vezes, a educação é encarada como mera mercadoria, seguindo, pois, a lógica do mercado: diminuir custos, aumentar a lucratividade, sem levar em consideração a qualidade do ensino. Além do que a maior parte das vagas de ensino superior seguem uma lógica racista excluindo a população negra e indígena.

Se a situação já era grave, os atuais governos não deixam por menos. De um lado, Alckmin anuncia a falta de verbas, seja no ensino básico seja no superior; de outro Temer, ainda ontem, faz saber sua intenção de congelar os gastos em educação a fim de financiar a dívida pública, alimentando, assim, a meia dúzia de banqueiros que vivem de sugar o patrimônio nacional.

Contudo, nem só de ataques vive o Brasil. Desde o ano passado, os estudantes do ensino básico se levantaram no movimento de ocupações contra a precarização da qualidade da educação pública. Mais recentemente, este ano, é nas universidades que a resistência contra o desmonte da educação pública se faz presente, com greves e ocupações na USP e na UNICAMP. Some-se a isto as mobilizações das ETEC’s contra a máfia merenda, que, em roubando do dinheiro da alimentação nas escolas, deixa milhões de estudantes de barriga vazia.

Diante destes fatos, as e os estudantes da UNESP-Marília, reunidos em Assembleia no dia 24 de maio, decidiram por greve imediata, com ocupação do Prédio de Atividades Didáticas, somando-se, assim, ao movimento estadual já em curso, em USP, UNICAMP, professores da rede básica e ETEC’s.. Não aceitamos mais as condições precárias de ensino, pesquisa e extensão, e nos colocamos em luta, para reverter os ataques e caminhar no sentido da construção de uma educação pública, gratuita, laica, inclusiva e de qualidade e para todas e todos.

Assembléia Geral de Estudantes da FFC-UNESP/Marília"




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