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Paralisação | Greve de coletores de lixo em Jundiaí continua pelo terceiro dia

A greve se reiniciou no dia 31, reivindicando EPIs, reajuste salarial, o fim da cobrança de R$7,00 por dia dos salários dos funcionários que apresentam atestado médico e a recontratação imediata dos funcionários que foram demitidos pela empresa para intimidar os grevistas. Todo apoio à greve dos coletores de lixo de Jundiaí!

quarta-feira 2 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Os coletores de lixo de Jundiaí entraram em greve na última segunda-feira, dia 31, aderida por 100% dos funcionários e em conjunto com o turno da noite. A greve se iniciou no dia 24, reivindicando EPIs, reajuste salarial e o fim da cobrança de R$7,00 por dia dos salários dos funcionários que apresentam atestado médico, mas os trabalhadores voltaram a trabalhar no dia seguinte enquanto a empresa e o sindicato negociavam as suas demandas.

  •  Garis de Jundiaí entram em 2º dia de greve reivindicando melhor salário e direitos legítimos

    Antes que as negociações acabassem, a empresa demitiu seis funcionários que estavam à frente da iniciativa da greve, em clara intimidação aos grevistas e como tentativa de frear a luta dos trabalhadores. Ao contrário de conter a greve, as demissões foram estopim para o reinício da greve com mais força e ainda com a adesão de funcionárias da varrição. Hoje se completam três dias de greve dos funcionários, agora também exigindo pela readmissão dos trabalhadores demitidos.

    A prefeitura de Luiz Fernando Machado (PSDB) não tardou em tentar reprimir e esconder as demandas dos trabalhadores, mandando a Guarda Municipal e a Polícia Militar ao local da paralisação. As negociações entre a empresa e o sindicato ainda contou com a presença da Guarda Municipal e com a repressão da polícia no dia 31, dia de reinício da greve, que jogou spray de pimenta nos olhos de diversos grevistas.

    Um funcionário demitido conta que trabalhava na empresa há dez anos e foi demitido por estar em greve: “dez anos trabalhando, só tive uma falta ano passado porque eu bati o carro”. Apesar da repressão da prefeitura e a recusa da empresa em atender as demandas dos trabalhadores, os coletores continuam em greve e não voltarão sem os seus direitos e a readmissão dos trabalhadores demitidos injustamente.

    Os principais jornais jundiaienses, grandes apoiadores da prefeitura, também não apareceram na greve e cobrem a paralisação de maneira superficial e tendenciosa, sem mostrar as demandas e a luta dos trabalhadores.

  •  Resposta ao dissimulado jornal Tribuna de Jundiaí: a greve dos coletores é totalmente legítima!

    O SindiTerceirizados, sindicato dos coletores de lixo, esteve em contato mais com a prefeitura do que esteve com os trabalhadores. Anunciaram a volta dos trabalhadores no dia 25 sem o acordo dos grevistas, colocaram a greve na ilegalidade para os jornais da cidade e só apareceram na paralisação quando a greve reiniciou com as demissões.

    A luta dos coletores, longe de ser ilegal, é completamente legítima e por isso é de extrema necessidade que o sindicato atue como entidade dos e para os trabalhadores, apoiando e sendo porta-voz das demandas dos coletores, realizando assembleias para garantir que os funcionários sejam ouvidos e organizados de forma a fortalecer a sua luta.

    Nós do Esquerda Diário reforçamos o apoio à luta completamente legítima dos coletores de lixo de Jundiaí e a sua luta por direitos contra a precarização que a prefeitura do PSDB e a empresa querem colocar em meio a situação de inflação, crise e da pandemia.




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