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CONTRA O FIM DA USP | Grande mobilização dia 7: como barrar a PEC do fim da USP?

Por que e como construir a força necessária pra barrar esse enorme ataque à universidade e educação públicas, começando por um fortíssimo ato neste dia 7?

Odete AssisMestranda em Literatura Brasileira na UFMG

segunda-feira 6 de março de 2017 | Edição do dia

Neste dia 7 o reitor da USP, Zago, quer colocar em votação no Conselho Universitário a PEC do fim da USP, uma proposta de teto de gasto que prevê, entre outras coisas, o congelamento imediato de salários e a demissão de pelo menos 5 mil trabalhadores. A forte mobilização, lotando reuniões de trabalhadores, envolvendo professores, e se expressando em congregações, fez com que Zago soltasse um video dizendo que irá propor que na decisão conste que ela não será usada para demitir. Mas mantendo o corte dos pelo menos 5 mil trabalhadores (através de PDV, de não reposição de quem saia ou outras medidas) e o congelamento de salários. Ainda assim, essa declaração de Zago mostra o medo da reitoria da mobilização, e que estamos no caminho certo!

Além de atingir diretamente trabalhadores e professores, essa medida irá destruir a universidade como a conhecemos hoje, impactando fortemente nas condições do ensino dos estudantes. Zago já cortou 2600 trabalhadores, e na próxima semana cortará mais mil via PDV, e as primeiras áreas a serem fechadas com isso estão sendo creches, pronto socorro e leitos hospitalares, restaurantes, aulas na escola de aplicação, ou seja, os poucos serviços que a universidade presta à população pobre e a permanência dos poucos estudantes mais pobres que passam pelo filtro do vestibular, tornando a universidade ainda mais elitista e racista do que já é. É isso - bem como os privilégios da casta que dirige tanto a universidade quanto as empresas e fundações que atuam nela - que vai se aprofundar. Muito ao contrário do que diz a propaganda dos grandes jornais, a serviço do plano de Zago, que é também o velho projeto privatista de Alckmin e do tucanato paulista. Nesse sentido, precisamos em meio a essa luta mostrar pra toda a população que está fora da universidade que somos nós os que defendemos que a universidade seja para toda a população.

Por tudo isso, neste dia 7, em que está indicada paralisação de trabalhadores e professores, e os estudantes estarão no início da calourada, é fundamental a participação de todos no ato em frente ao CO, a partir das 11h. Que o DCE e todos os Centros Acadêmicos, assim como a Adusp e o Sintusp coloquem todas as suas forças para construir esse ato. Que as demais estidades das universidades estaduais paulistas, a intelectualidade que defende a universidade pública, e os parlamentares de esquerda, especialmente do PSOL, coloquem seu peso para fortalecer essa manifestação, que precisa ser a maior demonstração de força possível, pra impedir o plano do reitor de aprovar essa medida no CO. E não somente para esse ato do dia 7, pois em qualquer caso ele será a primeira batalha de uma luta que continuará! Por isso também é fundamental preparar desde já a organização de estudantes, trabalhadores e professores a partir da base, com reuniões por unidade, local de trabalho e estudo, preparando a eleição de delegados para massificar e conduzir pela base essa luta, através de um comando que unifique todos os setores em luta. Somente assim poderemos construir a força necessária pra barrar esse enorme ataque, que é a tarefa mais urgente na luta por uma universidade a serviço dos trabalhadores e do povo pobre que a sustentam e são excluídos dela!




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