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CHILE: PARALISAÇÃO NACIONAL DE 21 DE ABRIL | Grande demonstração de forças na jornada de paralisações e mobilizações

quarta-feira 22 de abril de 2015 | 00:01

Começou na madrugada, deste dia 21 de abril, com força entre os sindicatos dos trabalhadores portuários e mineiros, setores centrais e estratégicos da economia. Houve cortes de rodovias e ruas com barricadas, paralisação de atividades e também concentrações e marchas, de Arica até Puerto Montt.

Houve cortes e paralisações dos principais terminais portuários como Talcahuano, Calbuco, Iquique, Caldera, Huasco, Antofagasta, Mejilones, San Antonio, Valdivia, Puerto Montt, Punta Arenas e San Vicente.

Nos depósitos mineiros, os cortes de rodovías começaram na madrugada, como na mineradora Andina, com corte da rodovia internacional nos Andes; na mineradora Los Bronces, corte do caminho a Farrellones; na Estrada do Cobre, que conduz até a mineradora El Teniente, em El Salvador; em Calama, com o cortou da rodovia que vai sentido Chuquicamata; e também cortes nas entradas de Ministro Hales, Gabriela Mistraly Radomiro Tomic de Codelco. Em muitas se via barricadas e faixas com as inscrições: “Por reformas trabalhistas de verdade! Agora! Já!”

Nos portos, a paralisação e mobilização foi total, com exceção apenas de Mejillones e Coquimbo.

Em Santiago, capital do Chile, nas primeiras horas da manhã do dia 21, se concentraram na Alameda na comuna da Estação Central mais de 300 trabalhadores e organizações de moradores e da esquerda com a consigna: “Por uma verdadeira reforma trabalhista”. Quando tentaram cortar a rua, houve uma rápida repressão dos Carabineiros (polícia chilena).

Ao meio-dia, também em Santiago, ocorreu uma concentração no Ministério do Trabalho, com a presença do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção, trabalhadores do Sindicato do Metrô, Sindicato de Águas Andinas, CONSFECOVE, FETRACOMA, Sindicato de Trabalhadores de Orsan em greve e organizações de esquerda como Alternativa Operária e a Agrupação Combativa e Revolucionária.

Em Concepción, realizou-se uma grande marcha de mais de 2000 trabalhadores encabeçada por faixas da União Portuária de Bio Bio e a FENATS com representantes dos hospitais de Penco, Lirquén e Higueras.

Em Valdivia, concentração e marcha de trabalhadores da pesca artesanal, da saúde, da limpeza e jardinagem e a CUT regional.

Em Valparaíso, também houve cortes de rodovias e interrupção do trabalho do setor marítimo portuário.

Em Antofagasta, se mobilizaram mais de 300 trabalhadores portuários e estudantes, fazendo conhecer mais de 60 propostas de alterações ao projeto do governo e que passam a defender os trabalhadores.

Foi uma demonstração de forças sindical. A discussão do projeto de lei acaba de começar na Câmara dos Deputados. Deverá avançar ali para depois passar ao Senado, onde se vê grande demora para aprovar leis, como no caso da tributária.

Ainda há um caminho a ser percorrido. Por um lado, não basta apresentar alterações: é preciso derrubar todo o Código Trabalhista da ditadura militar que assegura impunidade aos empresários contra os trabalhadores. Por outro lado, é necessário fortalecer ainda mais a mobilização, levando-a ao conjunto dos sindicatos e suas bases.




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