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PRESSA NOS ATAQUES DE TEMER | Governo quer emergência em reforma trabalhista para votá-la no plenário na próxima semana

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que a reforma trabalhista deverá ser votada no plenário da Casa apenas na semana que vem. O atraso na votação, inicialmente programada pelo governo para esta semana, já estava sendo admitido por membros da base aliada ao presidente Michel Temer (PMDB).

segunda-feira 3 de julho de 2017 | Edição do dia

Pelo Twitter, Jucá disse que a definição do calendário é do presidente do Senado, Eunício oliveira (PMDB-CE). O líder declarou que a ideia da base é votar um requerimento de urgência para o projeto na terça-feira, 4, em plenário. "O mérito deverá ser votado na próxima semana. O entendimento será pactuado na reunião de lideres de amanhã", escreveu Jucá.

Em relação à Medida Provisória prometida por Temer para absorver mudanças na reforma e evitar que a proposta seja alterada no Senado e volte à Câmara, Jucá disse que o texto ainda está sendo editado. "Em relação ao imposto sindical, não temos ainda uma definição", destacou.

A manutenção do imposto sindical é um ponto fundamental para os burocratas que vivem desse dinheiro tirado compulsoriamente dos trabalhadores, como é o caso de Paulinho da Força, um dos maiores responsáveis pelo boicote à greve do dia 30.

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Líder do PMDB

Após a saída do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da liderança do partido no Senado, Romero Jucá confirmou que a definição do novo líder será feita na terça em reunião da bancada marcada para às 19 horas. "Temos vários nomes que serão discutidos. Vamos criar um entendimento e aprovar por grande maioria, ou até por unanimidade, exatamente para que o PMDB saia fortalecido", disse.

Fundo

Na rede social, Jucá afirmou também que será possível aprovar a criação de um fundo eleitoral constitucional até setembro deste ano, para que passe a valer já nas eleições de 2018. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria dele cria um fundo com previsão de orçamento de R$ 3,5 bilhões.

Pelo texto de Jucá, os recursos do fundo serão distribuídos aos partidos obedecendo a seguinte regra: 70% com base na representação parlamentar na Câmara dos Deputados; 25% com base na representação parlamentar no Senado; e 5% igualitariamente entre os partidos aptos a disputar as eleições.

A medida faz parte das iniciativas de reforma política que visam restringir ainda mais a participação eleitoral dos trabalhadores e favorecer os partidos mais fisiológicos e orgânicos desse regime político de corruptos que servem aos patrões. A distribuição do fundo de acordo com o número de parlamentares, por exemplo, beneficia em primeiro lugar o PMDB e os partidos já consolidados, e prejudica partidos da esquerda e dos trabalhadores.

Jucá declarou que a estratégia é encaixar a criação do fundo como emenda a uma proposta que já está tramitando na Câmara dos Deputados. Ele afirmou que está conversando com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e tem uma reunião agendada para terça com o deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da reforma política.

Nas conversas, também está a discussão sobre a mudança no sistema de eleição de deputados e senadores. "Acho que até setembro conseguiremos aprovar o fundo constitucional e a mudança de eleger parlamentares", afirmou Jucá.




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