Após uma baixa de R$166,6 milhões na expectativa de arrecadação do Rio Grande do Norte, o governo estadual decretou um corte de 76 milhões.
Marie CastañedaEstudante de Ciências Sociais na UFRN
quarta-feira 26 de julho de 2017 | Edição do dia
Após uma baixa de R$166,6 milhões na expectativa de arrecadação do Rio Grande do Norte, o governo estadual decretou um corte de 76 milhões.
A decisão acarretará em uma diminuição dos valores que os órgãos de administração pública receberão para pagar servidores, manutenção, investimentos e outros gastos. A decisão assinada pelo governador Robinson Faria (PSD) foi publicada em Diário Oficial do Estado no último sábado (22).
Em junho, o governo já havia decretado corte de R$ 46,7 milhões. Em março, outros R$ 27 milhões já tinham sido cortados.
Em Natal, capital do Estado, a Prefeitura de Natal e o Ministério Público de Contas assinaram há cinco dias um Termo de Ajustamento de Gestão que prevê um corte de R$ 16 milhões em gastos com servidores, a categoria ficará sem aumento salarial até agosto de 2018 e ao menos até dezembro de 2020 sem concurso.
Num dos estados mais afetados pelo desemprego, numa região que concentra 70% dos desempregados de todo o país desde 2014, o governo de Robinson Faria (suspeito de receber R$ 350 mil da Odebrecht em 2010) segue o ataque aos trabalhadores. Está em sintonia com o governo federal, que abriu PDVs para incentivar demissões no funcionalismo federal a fim de "poupar gastos", enquanto segue pagando a dívida pública fraudulenta e vereadores, deputados, senadores, e juízes seguem tendo salários astronômicos.
As vidas de muitos trabalhadores serão afetadas com os cortes. É necessário organizar nossa resistência contra os ajustes neoliberais de Faria, e contra a reforma trabalhista de Temer.