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ORÇAMENTO PARALELO | Governo direcionou orçamento paralelo para órgãos controlados pelo Centrão

O chamado orçamento paralelo do Governo Federal, através das emendas de relator, que somaram cerca de R$ 20 bilhões em 2020, foram direcionados majoritariamente para órgãos comandados por indicados de parlamentares do Centrão, como maneira de comprar o apoio deste setor.

segunda-feira 17 de maio de 2021 | Edição do dia

(Foto: Senado Federal)

Os ministérios que mais receberam valores do orçamento paralelo foram o Ministério do Desenvolvimento Regional (R$ 8 bilhões), o Ministério da Saúde (R$ 3,86 bilhões), e o Ministério da Educação (R$ 2 bilhões). Dentro do Ministério do Desenvolvimento Regional, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) recebeu R$ 1,2 bilhão.

A Codevasf é chefiada por um indicado do DEM, e possui chefias regionais indicadas por políticos do MDB, DEM e PP que receberam recursos do orçamento paralelo. Também recebeu recursos dessa fonte o escritório do Amapá, inaugurado em 2021, fato reivindicado por Davi Alcolumbre (DEM), ex-presidente do Senado e senador pelo estado.

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Outro exemplo, é o Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra), que recebeu R$ 225 milhões. Ele é presidido por um nome do DEM, e existem superintendências comandadas por indicados do PSD, SD e PL.

O orçamento paralelo de 2020 foi uma medida utilizada por Bolsonaro para comprar o apoio do Centrão e de setores do Congresso para o seu governo, tendo custado bilhões de reais, enquanto agora são feitos cortes que ameaçam fechar diversas universidades federais do país.

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