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CORONAVÍRUS | Governo de Wilson Lima (PSC) deixa Amazonas com 13 das 20 cidades com mais mortes por COVID 19

A situação no estado do Amazonas em relação a Covid-19 é uma das mais críticas do País, 14 de suas cidades estão entre as 20 do País com maior incidência de casos de Covid-19 e 13 das 20 cidades com maior mortalidade pela doença estão localizadas no Amazonas.

sexta-feira 8 de maio de 2020 | Edição do dia

A doença já chegou a 88% dos municípios do estado. Na capital, há mais de 5,4 mil casos confirmados e no interior, mais de 3,7 mil com mais de 200 mortes. Temos que levar em conta que apenas os casos graves são testados, e que há um alto índice de subnotificação pela falta de testagem.

No estado faltam UTIs para tratamento de casos graves da doença, e todos os leitos de UTI ficam em Manaus. Em algumas cidades do interior, há unidades de cuidados intermediários, mas somente 70 leitos em todo o interior e nenhum de alta complexidade. “Sabemos das características do interior, sem as mínimas condições de enfrentamento a um problema desse tipo, principalmente para pacientes mais graves. Então, a situação é realmente muito complicada, e vai complicar ainda mais” diz Bernanino Albuquerque, infectologista.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) entrou com pedido de lockdown, que é o bloqueio total de circulação de pessoas, mais restritivo e garantido pelas forças do estado, o pedido foi negado nesta quarta-feira (6) pela Justiça do Amazonas, mas não foi descartado totalmente já que o governador Wilson Lima já havia declarado que, se os casos não diminuírem até 13 de maio, todo o comércio será fechado, mas sem garantir testes ou nenhuma medida de prevenção para o povo pobre.

A situação calamitosa em que chegou o estado do Amazonas é fruto de uma série de medidas que poderiam ter sido tomadas e não foram, e ter que apelar para uma medida tão drástica como o Lockdown prova que medidas de isolamento sem estagem em massa é pouco eficiente. Sem saber quem são os infectados, inclusive os não sintomáticos fica difícil racionalizar a quarentena.

Por isso exigimos testes em massa, liberação remunerada de todos os trabalhadores não essenciais, garantia de EPI’s para todos os trabalhadores essenciais, contratação de mais profissionais essenciais para não sobrecarregar os que já estão, liberação imediata de todos os trabalhadores do grupo de risco, auxílio emergencial de 2000 mil reais para os autônomos, e a proibição das demissões. Para que as pessoas possam fazer a quarentena de forma racional, para poder identificar os focos, ter condições de tratar todos os doentes sem ter que escolher quem vive e quem morre. E para que as pessoas não tenham que escolher entre ficar doente ou passar fome.




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