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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Governo comprará deputados: R$ 600 milhões em emendas para aprovar Reforma da Previdência

O governo anunciou nesta sexta-feira, 17, que vai liberar R$ 595,6 milhões que serão destinados, até o fim do ano, a emendas parlamentares, na tentativa de comprar deputados para votar a Previdência.

sábado 18 de novembro de 2017 | Edição do dia

Equipe econômica do Governo Federal anunciou nesta sexta-feira a liberação de R$ 7,5 bilhões que estavam bloqueados e destinou R$ 595,6 milhões ao Congresso, em meio a tentativa de descarregar sob o ombro dos trabalhadores a reforma da previdência, que nos fará trabalhar até morrer, com 40 anos de trabalho pra receber a aposentadoria integral.

As emendas servem para que o congresso se venda ao Governo Federal mais uma vez, como já fizeram nas vésperas da recente segunda denuncia contra Temer, quando quase 700 milhões em emendas foram usados para comprar os parlamentares, interessados em manter seus currais eleitorais. Segundo o anúncio de desta sexta-feira, 17, R$ 198,5 milhões vão para emendas de bancadas partidárias e R$ 397,1 milhões para emendas individuais dos parlamentares.

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O presidente também discute a redistribuição ministerial, com entregas da titularidade de algumas pastas a partidos aliados, em busca de votos suficientes para atacar os trabalhadores com a aprovação da reforma da Previdência.

Em setembro, quando o Ministério do Planejamento anunciou a liberação de R$ 12,8 bilhões no Orçamento para safar Temer da denuncia o volume destinado às emendas parlamentares também aumentou em R$ 1,016 bilhão.

Em relação aos R$ 7,51 bilhões liberados ontem, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que a distribuição será feita a partir da próxima semana. A divisão vai para obras já em andamento do programa de investimentos “Avançar” e os ministérios que estiverem em mais dificuldade para tocar as atividades administrativas.

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A liberação de recursos no Orçamento de 2017 foi possível graças ao aumento de R$ 4,97 bilhões na estimativa de receita líquida do governo federal. Já a previsão de despesas caiu em R$ 2,53 bilhões com a revisão dos gastos de subsídios, seguro desemprego e abono salarial.

Com o desbloqueio, o corte do Orçamento caiu de R$ 32,1 bilhões para R$ 24,6 bilhões. Em dois meses, a expansão de gastos atingiu R$ 20,3 bilhões. Para o ministro, teria sido impossível manter o Estado funcionando sem a ampliação da meta de déficit fiscal de 2017 de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Obviamente a fala do ministro condiz com o que é o seu governo, sem comprar os deputados com emendas e cargos a cada empreitada, seria impossível manter o poder. Enquanto isso faltam recursos para saúde e educação, e metade do orçamento anual vai direto para o bolso dos banqueiros com o pagamento da divida pública, o dinheiro existe porém está sendo roubado por corruptos e capitalistas ao invés de chegar até os trabalhadores.

Fonte da Foto: Jornal do Comércio




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