O governo divulgou na tarde desta terça-feira, 31, nova bandeira tarifária para a energia elétrica, ainda mais grave e com preço mais elevado que a "bandeira 2". A alta será de 6,78% na conta de luz.
terça-feira 31 de agosto de 2021 | Edição do dia
Imagem: Getty Images/BBC
A nova bandeira anunciada se chama "escassez hídrica" e a fatura a ser cobrada será de R$ 14,20 por cada 100/kWh consumidos. A medida entrará em vigor já nesta quarta-feira, dia primeiro de setembro.
O aumento foi divulgado pela Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, que prevê aumento de 6,78% na conta de luz com essa mudança. O texto ainda prevê que essa tarifa será mantida até 30 abril de 2022, alterando o sistema atual onde as bandeiras são revistas mês a mês.
Esta mudança representa uma alta de 49,63% em relação aos atuais R$ 9,49 pagos atualmente pela bandeira vermelha patamar 2, a mais cara até então. Essa será mais uma conta da crise capitalista descarregada brutalmente nas costas de cada trabalhador, junto da inflação nos alimentos, no combustível e nos alugueis.
O aumento do custo de vida segue desenfreado e é responsabilidade de Bolsonaro, Mourão, Congresso e STF que protegem os lucros capitalistas. Prova de que a crise não é responsabilidade da população que está pagando por ela, são os casos de empresas que esvaziaram seus reservatórios para lucrar mais, conforme noticiamos em julho.
Enquanto isso, Bolsonaro e Guedes esbravejam retóricas esdrúxulas, fazendo pouco caso do aumento, que pesa no bolso do trabalhador, e fingindo não ter responsabilidade nessa situação. "Apague um ponto de luz", disse o energúmeno presidente e "qual é o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara?", foi o que disse o privatista Guedes.
