Com aulas presenciais suspensas no Rio Grande do Sul pelo aumento do número de óbitos por Covid-19, o governador Eduardo Leite recorre e exige a abertura das escolas com aulas presenciais, independente do risco a vida de toda comunidade escolar.
terça-feira 6 de abril de 2021 | Edição do dia
Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini
Na manhã dessa segunda-feira (5) o governo do Estado do Rio Grande do Sul, encaminhou um pedido ao Supremo tribunal federal para reabertura das aulas presenciais. O governo do RS, alega que a proibição é inconstitucional esse pedido foi encaminhado pela PGE ao STF com o seguinte argumento "direito fundamental à educação, a competência do chefe do Poder Executivo para exercer a direção superior da administração, os princípios da separação dos poderes, da universalidade da educação, da liberdade de ensino e a prioridade absoluta de proteção às crianças e aos adolescentes, em respeito à condição de pessoas em desenvolvimento" Esse é o mesmo Estado governado pelo Eduardo Leite, do PSDB, partido burguês inimigo dos trabalhadores e favoráveis ao golpe institucional de 2016 que significou mais ataques a classe trabalhadora.
Enquanto o governador defende a reabertura das escolas com aulas presenciais, os trabalhadores do RS seguem com incerteza de suas próprias vidas, pois não se sabe ao certo quando será a vacinação para a imunização da população no Rio Grande do Sul. Além disso, quando a pandemia chegou no seu pior momento de contaminados e números óbitos, com todo o estado em bandeira preta, o governador defendeu abertamente a abertura e continuidade das aulas presenciais. Claramente uma demonstração de que governo do PSDB desconsideram as vidas dos profissionais da educação e dos alunos, e que seu discurso "responsável" contra o negacionismo de Bolsonaro não passa de demagogia.
Não é a primeira vez que Eduardo Leite ignora a gravidade do vírus na realidade, após mortes de professores no Rio de Janeiro, Eduardo Leite, passou por cima da comunidade escolar e defendeu a continuidade do ensino presencial nas escolas. É um nível de frieza tão grande frente aos números de óbitos, o governador ignora os fatos e quer por quer impor suas próprias políticas sem garantir minimamente nenhuma assistência médica a toda comunidade escolar.
Opinião: É preciso enfrentar a barbárie sanitária no RS com a força da classe trabalhadora
Não se pode esperar do STF que veio favorecendo os empresários mantendo os serviços não essenciais abertos sem nenhum auxílio aos trabalhadores. É preciso lutar contra a quebra das patentes das vacinas para um plano imediato de vacinação universal, onde todos trabalhadores tenham direito e acesso a vacinação e tratamento de saúde de qualidade. Além disso, o retorno das aulas tem que ser debatidos pelos profissionais e pais dos alunos, sem garantias mínimas de condições de vida e saúde adequada a reabertura das escolas é uma zona de perigo, onde as vidas dos profissionais e alunos serão colocadas em riscos diariamente.