O empresário já afirmou que o atraso e parcelamento dos salários dos servidores vai continuar com certeza caso assuma o cargo como governador de Minas Gerais. Mas não para por aí.
segunda-feira 8 de outubro de 2018 | Edição do dia
Numa virada inesperada no segundo turno das eleições ao governo de Minas Gerais, o milionário Romeu Zema disse que começa na segunda feira conversas com a campanha do reacionário Jair Bolsonaro. E vai partir pra disputa do segundo turno com o outro golpista Anastasia, ambos candidatos contrários aos direitos dos trabalhadores e da juventude.
Romeu Zema é um empresário milionário de Minas Gerais com patrimônio autodeclarado de mais de 69 milhões de reais, dono de 440 lojas e 360 postos apenas em Minas Gerais. O Grupo Zema, rede de varejo que é dono, faturou R$ 4,5 bilhões em 2017 e conta com apenas 5.500 funcionários, como ele mesmo informou em entrevista na Revista Exame.
O empresário já afirmou que o atraso e parcelamento dos salários dos servidores vai continuar com certeza caso assuma o cargo como governador de Minas Gerais. Mas não para por aí. O empresário novato na política e seu partido Novo assumem a velha planilha ultraliberal. Em Minas Gerais, por exemplo, prometem privatizar a Cemig e a Copasa.
Buscando dar um claro sinal do que prepara para seu governo, Zema afirmou que vai renegociar a dívida de Minas Gerais com o governo federal, aceitando todas as medidas de austeridades estipuladas pelos golpistas. Plano que já foi implementado no estado do Rio de Janeiro e levou à privatização da Cedae, tendo como resultado o aprofundamento da crise naquele estado.
Romeu Zema e seu partido não tem nada de novo, são apenas parte da velha e covarde elite nacional prontos para governar para os ricos e entregar nossas riquezas de forma mais agressiva para o imperialismo. Por isso que também foi favorável à reforma trabalhista, à reforma da previdência e da terceirização irrestrita.
É urgente o combate à extrema direita que favorece candidatos empresários entreguistas como Zema, e que se preparam para fazer governos contra os trabalhadores, as mulheres e a juventude caso eleitos.