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INTERVENÇÃO FEDERAL NO RJ | General Braga Netto admite que a intervenção no RJ não tem nada a ver com segurança pública

“Muita mídia” foram as breves palavras do General-interventor sobre a situação do RJ, escancarando a mentira por trás deste decreto absurdo.

sábado 17 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

O general-interventor Braga Netto deu rapidíssima entrevista ontem e foi noticiada por grandes meios de comunicação (veja aqui no Globo) dizendo que a questão de segurança no Rio não tem nada de mais, que é “muita mídia”. O próprio general ajuda a desmascarar esse absurdo repressivo, o objetivo da operação é outro!

É revoltante a declaração desse especialista em repressão tratar desta intervenção com tanto cinismo, sem a menor preocupação de esconder a farsa desta intervenção, mas que ainda assim fará um "estudo para fortalecer a segurança" do RJ. Se meias palavras, o general mostra que a segurança do RJ é uma vil justificativa para interesses repressivos nefastos.

Os índices, manipulados como sabemos que são, indicam que o Rio está longe de ser o lugar mais violento do país, apesar da imensa crise social produto das demissões, falta de salários, destruição da saúde e educação públicas. O general falar que “é só mídia” o problema escancara que a operação não tem nada a ver com segurança. Isso é só pretexto. Trata-se de uma avanço repressivo do Estado, de dar superpoderes a um general, criando um perigoso precedente e de tentar calar o grito e a alegria que milhões desafiaram Temer, suas reformas e a pesada herança da escravidão que ainda se sente na pele de milhões no país.

É com esses objetivos que os generais e Temer pegam seus manuais de repressão e assassinato no Haiti e olham para o Rio. Todas operações do Exército no Rio mostraram a barbárie com os pobres, os negros. Começando pelo Morro da Providência vários anos atrás quando entregaram jovens para a tortura e assassinato por facções rivais do tráfico, a Maré em 2014 e recentemente. Não permitiremos essa escalada repressiva. Fora tropas do Rio. Abaixo à intervenção federal!




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