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ALTA DO GÁS | Gás de cozinha já chega a R$ 105 em alguns estados, após privatização da Liquigás

Após promessa de Paulo Guedes de reduzir gás de cozinha pela metade com privatizações, item essencial na vida dos trabalhadores fecha o ano sendo vendido por até R$105.

quinta-feira 21 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Agência Brasil

Item básico no dia a dia dos trabalhadores, o gás de cozinha foi um dos produtos que mais sofreu com a inflação no último ano. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado no início deste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento foi de 9,24%, mais que o dobro da inflação de 4,52% medida no ano passado.

Contraditoriamente, uma das principais promessas do ministro da economia, Paulo Guedes, durante o primeiro ano do governo Bolsonaro era reduzir o preço do botijão de gás pela metade através de privatizações e abertura de concorrência do mercado. Em junho de 2019, quando deu uma dessas declarações, o preço médio do botijão de 13kg era R$69,24, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo).

Longe de ter seu valor reduzido pela metade, após a venda da Liquigás, uma subsidiária da Petrobŕas responsável pelo engarrafamento, distribuição e comercialização do gás de cozinha, o botijão de gás já é vendido por R$90 em São Paulo e até R$105 no Mato Grosso.

Isso mostra bem a falácia do discurso liberal de Guedes e quais os interesses por trás da privatização de várias empresas estatais brasileiras.

A alta do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, afeta diretamente as famílias mais pobres, que dependem desse item para se alimentar todos os dias. Enquanto o gás encanado, mais usado entre famĺias de maior renda, terminou 2020 com uma queda no preço de 1,29%. Por não terem como pagar um valor tão alto pelo botijão de gás, muitas famílias passam a recorrer ao uso de carvão vegetal ou à lenha para cozinhar. Na última semana de dezembro foi registrada uma queda de 20% do consumo do gás de cozinha em relação ao mesmo período do ano anterior.

A saída frente a isso é lutar por uma Petrobras (e todas as suas subsidiárias) 100% estatal e controlada pelos trabalhadores. Só assim os interesses da população mais pobre vai ser prioridade e o gás de cozinha vendido por um preço realmente acessível a todos, ao invés de ter seu preço diretamente vinculado às variações do dólar e do petróleo internacionalmente.

Pode te interessar: O que seria possível se a Petrobras fosse 100% estatal e administrada pelos trabalhadores?




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