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GREVE NA GM | GM coloca tapumes em São Caetano do Sul e demite 250 funcionários em São José dos Campos

Questionados pela equipe de reportagem do Esquerda Diário do Grande ABC, a GM informou que são obras de manutenção, porém não se vê um trabalhador fazendo reformas no local.

sexta-feira 14 de agosto de 2015 | 23:00

Os rumores que circulam entre os trabalhadores da empresa, é que foram colocados esses tapumes com a finalidade de impedir a reinstalação de barracas ou qualquer outro tipo de manifestação em frente à empresa, como ocorreu no mês de julho deste ano. Neste período os trabalhadores instalaram um acampamento que durou 19 dias, como resposta aos ataques e demissões de 419 trabalhadores após o fim do lay-off. O movimento pedia em especial a reintegração de profissionais portadores de doenças adquiridas no trabalho, seja acidente de trabalho ou sequelas adquiridas devido anos trabalhados em uma mesma função. Estes tinham “estabilidade” no emprego, mas mesmo assim não foram poupados.

Sabemos que apesar de estarmos no século XXI e em um mundo “globalizado”, as multinacionais não acompanham a evolução à favor dos trabalhadores, modernizam apenas a linha de produção, porém o trabalho dos operários continuam de forma precarizada e braçal, acarretando em diversas consequências patológicas aos mesmos. E quando o funcionário não tem mais a mesma utilidade, depois de anos de contribuição na produção, são demitidos e descartados como mercadoria e/ou objetos.

Apesar da crise burguesa instalada no país, as multinacionais continuam lucrando muito, mas os trabalhadores continuam pagando pela crise. Dessa forma, os ataques continuam. Em São José dos Campos, foi decretado greve por tempo indeterminado, como resposta à demissão em massa de 250 funcionários também da GM. Operários dessa unidade receberam telegramas enviados no sábado, informando a rescisão dos contratos. E ontem o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, reuniu cerca de 4000 pessoas, do qual reivindicam à GM abertura de negociação e medidas imediatas pela reversão das demissões. Em São Caetano os operários devem exigir da empresa que mostre os livros de contabilidade para provar que está no prejuízo, em vista que sempre justifica as demissões por falta de recursos financeiros.




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