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Eleições Argentina | Frente de Esquerda Unidade encerra campanha com ato no Congresso argentino

Com eleições no domingo, Frente de Esquerda Unidade termina campanha com ato em frente ao Congresso Nacional argentino. Nicolás del Caño e Myriam Bregman encerraram demarcando o repúdio ao acordo com o FMI, que é consenso entre governo e oposição de direita.

quinta-feira 11 de novembro de 2021 | Edição do dia

Ontem, um grande ato em frente ao Congresso Nacional argentino marcou a conclusão da intensa campanha da Frente de Esquerda Unidade na cidade e na província de Buenos Aires. Discursaram Nicolás del Caño (PTS), Myriam Bregman (PTS), Romina del Plá (PO), Gabriel Solano (PO), Cele Fierro (MST), Alejandro Bodart (MST), Juan Carlos Giordano (IS) e Mercedes Trimarchi (IS), representando as distintas forças que compõem a FIT-U. Em outras cidades do país também ocorreram atividades de encerramento, que se estendem até hoje e preparam o clima para as eleições que serão no domingo. A esquerda argentina se lança com tudo na luta por uma grande bancada nacional.

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Nicolás del Caño encerrou o ato. “No domingo podemos conquistar uma bancada socialista no Congresso, e também legisladores provinciais e nos conselhos municipais. Tudo isso será para fortalecer a luta do povo trabalhador. Para sermos porta-vozes e parte dessas lutas, como deputadas e deputados, como temos sido durante todo esse tempo. Somos a única força que repudia o pacto com o FMI - que vai reforçar a dependência, o atraso e a decadência do país à que nos levam os partidos dos capitalistas. A única perspectiva é a luta.

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Myriam Bregman também falou no encerramento, afirmando que “conquistamos sermos a terceira força nacional nas PASO [eleições prévias]. Agora temos o desafio de repetir isso nas eleições gerais. E o desafio de fazer uma grande eleição com esse companheiro que é Ale Vilca em Jujuy. Um companheiro que é um grande orgulho para nós. Que desde baixo se enfrentou e se enfrenta com esse regime podre de Gerardo Morales, que o peronismo apoia”. A Russa, como é carinhosamente conhecida, também destacou: Lutamos todos os dias contra essa filosofia da resignação, contra o “não é possível”, contra isso de que só resta pagar a dívida, o abaixar a cabeça e voltar à espiral do endividamento e da fuga de capitais que nos trouxe até aqui”.

Nessa campanha, a esquerda foi a única força que denunciou o ajuste neoliberal que vem ocorrendo pelas mãos do FMI. E foi a única que não entrou na demagogia direitista de todos os demais candidatos e candidatas, que fizeram campanhas recheadas de um discurso punitivista, repressivo e policialesco.

O Esquerda Diário - parte da rede internacional La Izquierda Diario, impulsionada pelo MRT no Brasil e pelo PTS na Argentina - vêm cobrindo de perto e te convida a acompanhar as eleições legislativas no país vizinho e a campanha da FIT-Unidade. Acreditamos que a política de independência de classe levantada lá traz lições políticas e programáticas fundamentais para a esquerda internacional, principalmente a brasileira, diante do conjunto de crises e ataques que nossa classe e o povo pobre vem sofrendo, agudizadas pela paralisia traidora das centrais sindicais e da predominante diluição da nossa esquerda no eleitoralismo petista, como discutimos aqui e em nosso Editorial.




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