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COVAXIN | Frente ao escândalo das vacinas, é preciso lutar pelo fora Bolsonaro, Mourão e militares

Enquanto o Brasil passa das 500 mil mortes para a covid vem a tona o escândalo de corrupção envolvendo o governo Bolsonaro na compra das vacinas Covaxin. Frente a esse caso escandaloso precisamo lutar pelo o For Bolsonaro, Mourão e os Militares.

sábado 26 de junho de 2021 | Edição do dia

Na noite desta sexta-feira (25) veio à tona o escândalo de corrupção envolvendo o governo Bolsonaro. O deputado federal, Luis Miranda (DEM), afirmou durante depoimento na CPI da covid que Bolsonaro sabia do esquema de corrupção na compra das vacinas indianas Covaxin. Miranda ainda confessou o nome de quem estava à frente desse esquema após ser pressionado pelos senadores e afirmou ser Ricardo Barros, líder do governo na Câmara de deputados.

Segundo o depoimento, Miranda afirmou que se reuniu com Bolsonaro no dia 20 de março, onde Bolsonaro citou nominalmente o nome de Barros dizendo que ele era responsável por essa “lambança”. A corrupção da compra das vacinas envolve superfaturamento bilionário. Os irmãos Miranda também relataram que o clima interno dentro do ministério da saúde era de pressão para que a compra dessa vacina fosse feita o quanto antes, muito diferente de outras vacinas.

Esse escândalo abre uma crise enorme no governo Bolsonaro por se tratar de um caso de corrupção com as vacinas no mesmo momento em que o Brasil já ultrapassa mais de 500 mil mortes por covid e a maior parte da população segue sem ter sido vacinada. A política negacionista de Bolsonaro nos levou a chegar nesse número absurdo e fazer o país ser um dos epicentros do coronavírus no mundo. Não é a primeira “irregularidade” que seu governo já sabia e não fez nada, como a crise dos oxigênios em Manaus onde o então ministro da saúde, general Pazuello, sabia há dias sobre a ameaça de escassez de cilindros de oxigênio no estado do Amazonas.

Frente a esse escândalo se torna mais necessário lutar pelo o fora Bolsonaro e Mourão, e também os militares que são a base de sustentação do seu governo, como a própria gestão de Pazuello no Ministério da Saúde. Também não podemos ter nenhuma confiança nessa CPI com senadores golpistas que fazem um grande teatro para limparem sua cara frente à crise sanitária que vem ceifando a vida dos brasileiros e também colocando na miséria em meio ao desemprego e à fome.

Essa batalha tem que se dar através da luta e da mobilização da classe trabalhadora aliada com os estudantes, movimentos sociais, indigenas, LGBTs, negros e mulheres para efrentar o governo Bolsonaro e todo o regime do golpe. É necessário que as centrais sindicais convoquem uma paralisação nacional para atacar diretamente os interesses dos capitalistas, que fazem com que os trabalhadores paguem com suas vidas toda essa miséria que está sendo imposta. Lutar pelo Fora Bolsonaro, Mourão e os militares, é também lutar por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, porque não basta mudar apenas os jogadores, é preciso mudar as regras do jogo e de todo esse regime golpista e degradado.




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