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CORONAVÍRUS | Frente a aumento de casos, Pazuello se resume a negar segunda onda

Frente ao aumento dos casos e das hospitalizações nas últimas semanas, o Ministro da Saúde se contentou meramente com negar a segunda onda.

sexta-feira 27 de novembro de 2020 | Edição do dia

Nas úlitmas 2 semanas, temos assistido um aumento dos casos e das internações por coronavírus em várias regiões do país. Com isso, alguns lugares que - com a queda dos casos - desmobilizaram a estrutura hospitalar, começaram a ver de novo seus leitos lotados. É o caso do Rio de Janeiro, que governado pelo prefeito Marcello Crivella, apoiado por Bolsonaro. O prefeito veio fechando leitos e hospitais de campanha. chegando negar qualquer possibilidade de segunda onda no início do mês. Com isso, a capital do Rio chegou hoje no segundo dia sem ter leitos disponíveis, depois de meses.

Se inspirando no prefeito, Pazuello adotou postura parecida e se resumiu a negar a segunda frente ao aumento dos casos e pedir "compreensão". Ou seja, depois de negar a pandemia e fazer descaso com os mortos e deixar testes estragarem, a resposta do governo frente ao aumento de casos visto em vários estados é simplesmente de negar a possibilidade da segunda onda, enquanto a população míngua com a falta de testes, leitos e respiradores.

Para piorar, falou que as outras ondas seriam "as doenças que ficaram impactadas. Temos muitas pessoas que não se trataram corretamente, porque tinham medo, porque criou-se um ambiente de medo e não procuraram o médico, e isso tudo está represado", além de violência doméstica, suicídio e automultilação.

Por trás do absurdo dessa frase, se esconde o fato que o governo também é responsável por esses problemas. Se estamos em novembro tendo que lidar com a pandemia isso só ocorre por que em nenhum momento nem o governo Bolsonaro nem os governadores tiveram nenhum plano sério para combater a covid, tal qual um plano de testagem maciça e que permitisse uma quarentena racional, seguido por uma renda de 2000 reais pra que os setores pudessem se isolar. No melhor dos casos se limitaram a simplesmente fechar os comércios e recomendar que as pessoas ficassem em casa (quem podia, claro). Portanto, todos os efeitos colaterais da pandemia citados por Pazuello são de responsabilidade do governo.

Segundo, que é de um cinismo absurdo dizer que as pessoas que tiveram que adiar seus procedimentos ligados a outros problemas de saúde fizeram por medo. A verdade é que nem o governo federal nem os estaduais garantiram que o SUS fosse capaz de atender os procedimentos gerais e os pacientes de coronavírus. Com isso, muitas pessoas que tinham consultas, exames e cirurgias consideradas não emergências tiveram esse procedimento cancelado. Mesmo assim, vimos como durante o auge da pandemia muitos lugares registraram filas imensas de pacientes da Covid-19.

Longe de aproveitarem o tempo para melhorar a estrutura do SUS, o que vimos foi que conforme os casos iam caindo em alguns lugares, se aproveitaram para precarizar ainda mais o SUS. Com o aumento de casos, de novo essas pessoas que tiveram seus exames "não emergenciais" remarcados terão que esperar mais, por culpa de Bolsonaro e dos governadores, que mesmo numa pandemia não priorizaram a saúde.




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