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REFORMA POLÍTICA | Fortalecer e unificar a campanha contra a anti reforma política do Congresso

A reforma política que foi aprovada pela Câmara dos Deputados torna ainda mais anti democrático o sistema eleitoral brasileiro. Além de fortalecer o financiamento privado, vem para banir os partidos de esquerda do debate político nacional.

Thiago FlaméSão Paulo

quarta-feira 22 de julho de 2015 | 00:00

A reforma política que foi aprovada pela Câmara dos Deputados torna ainda mais anti-democrático o sistema eleitoral brasileiro. Além de fortalecer o financiamento privado, vem para banir os partidos de esquerda do debate político nacional.

Dois aspectos diferentes da reforma política atingem o direito da esquerda se expressar nas mesmas. Por um lado a retirada do fundo partidário e do tempo de TV atinge as organizações da esquerda PSTU, PCB, PCO além do PPL. E, agora com a votação de nova cláusula que exclui dos debates de TV todos partidos que tenham menos que nove deputados o PSOL também ficará excluído. Esta medida também afeta ao menos um partido burguês, o PV de Eduardo Jorge.

É moeda corrente das análises políticas a critica de que os partidos perderam seu caráter ideológico e se tornaram fisiológicos, uma forma disfarçada para dizer que vivem apenas dos privilégios e da corrupção. E justamente os poucos partidos que se organizam em torno das suas ideias e participam das lutas sociais, fundamentalmente os partidos que se reivindicam socialistas ou revolucionários, estão sendo atacados.

Essa é a reposta que o sistema político está dando ao descontentamento popular: votam medidas que dificultarão ainda mais que as demandas populares e os partidos que expressam essas demandas possam ter expressão eleitoral e parlamentar.

Por uma campanha unitária

Tanto PSTU como PSOL, lançaram campanhas contra essas medidas anti-democráticas. O PSTU também tomou a iniciativa de lançar um abaixo assinado eletrônico que pode ser visto aqui.

É preciso apoiar e fortalecer essas medidas, mas dar um passo além. As mudanças eleitorais aprovadas visam atacar o conjunto da esquerda e contam com o apoio do PT e do PCdoB. É preciso unificar as iniciativas em curso em uma campanha unificada. Além das próprias organizações da esquerda, também é necessário buscar o apoio de todos os setores indignados com os polílitos que aí estão. Unificando as forças contra as medidas proscritivas é possível ampliar muito essa luta e barrar a anti reforma política de Cunha e do Congresso.




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