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ELEIÇÕES 2018 | Finanças depreciam Real descontentes que seu candidato Alckmin está mal nas pesquisas

O dólar bateu R$3,96, valor mais alto desde fevereiro de 2016. Hoje sua alta foi em 1,07%, mas chegou bem próximo aos R$4,00 antes de estabilizar. Esperavam o resultado da pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao MDA, divulgada às 11h.

Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

segunda-feira 20 de agosto de 2018 | Edição do dia

Sua principal aposta, Geraldo Alckmin (PSDB), a terminar o que Temer aprofundou de ataques iniciados em Dilma, segue estagnado fora do segundo turno, e espera setembro para usar metade do tempo de TV dessas eleições (caso sua chapa se preserve do MDB) para tentar reverter o quadro.

Nessa pesquisa, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, alcançou 37,3% das intenções de voto. Saltou de 32,4%, em maio, para 37,3% neste momento, em meio a um processo arbitrário por parte do Judiciário que o condenou para dar preferência a um candidato mais servil ao imperialismo do que Lula já foi. Agora impedem essa candidatura, até mesmo acesso a advogados, ignorando até a ONU, violam abertamente o direito da população decidir em quem votar para presidente, um dos resquícios democráticos desse regime capitalista decadente. Reconhecer esse aprofundamento do autoritarismo estatal não significa defender voto em Lula ou no PT.

Atrás de Lula, aparecem Jair Bolsonaro (PSL), com 18,8%, e Marina Silva (Rede), com 5,6%. O candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, está em 4º lugar no levantamento, com 4,9% das intenções. Ciro Gomes, do PDT, aparece atrás do tucano, com 4,1%. Depois deles, a pesquisa ainda registra Alvaro Dias (PODE), com 2,7%, e Guilherme Boulos (PSOL), com 0,9%. O número de pessoas que mostraram intenção de votar branco ou nulo está em 14,3%. Os indecisos representam 8,8% dos entrevistados.

Frente a pindaíba do Alckmin até então, com dificuldades de emplacar um caminho seguro para o segundo turno com uma agenda tão anti-operária quanto a de Temer, senão pior, escrita pelas mãos dos financistas e especuladores de câmbio, donos da dívida pública. Não atoa sua desaprovação ficou logo abaixo da de Temer, segundo a pesquisa Ipsos.

Ao baratear o real perante o dólar, pressionam a elevação de juros mediante pressão inflacionária sobre a economia (pressão cambial), que tornam a dívida pública cada vez maior mesmo que paguemos ela inúmeras vezes. Desvalorizando a nossa dívida, enquanto a dos EUA se valoriza, botam o terror da fuga de capitais e investimentos como fantasma para que, assim, o imperialismo esteja pressionando a pauta dos candidatos e os resultados das eleições, mesmo que signifique se aliando a que o Judiciário se sobreponha a direitos democráticos mínimos. A dívida pública funciona como um mecanismo de chantagem e saque de riquezas, que todos os governos, especialmente os do PT e Temer, se ajoelharam e pagaram religiosamente. Em tempos de crise, qualquer candidato que não se colocar contra o pagamento dessa dívida, estará fadado ajustes e privatizações para controlar o "déficit fiscal", ou seja, pagar uma dívida ilegítima.

Ainda que tais pesquisas apontem tendências e se envolvem com distintas frações da burguesia (essa mais voltada ao agrobusiness da CNT), com cenários mostrando Bolsonaro vencendo Alckmin em um eventual segundo turno (caso Lula não dispute, cenário que cada vez mais se confirma, e não consiga transferir mais votos a Haddad). As variáveis estão ruins para o picolé-de-chuchu do imperialismo, e se ligam com o descontentamento popular com os seus interesses, um ódio de classe potencial que poderá dar expressões explosivas, frente a incapacidade dessas eleições de fecharem as feridas mais profundas da crise do regime capitalista.




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