Este fim de semana não foram dias de descanso para 35 trabalhadores da multinacional italiana Acument (MAPRI), em Contagem, Minas Gerais. A patronal italiana desta vez deixa 35 famílias sem garantias de seu sustento através de telegramas que os trabalhadores receberam em suas residências anunciando que estão demitidos.
segunda-feira 28 de setembro de 2015 | 10:59
Redação, Contagem MG
No último ano o número de demitidos já chega a 120, em um total que foi de mais de 250 trabalhadores trabalhadoras e trabalhadores. A patronal alega que as demissões são necessárias devido à crise. No entanto, é certo que os lucros que vão para o bolso dos patrões não será tocado, quem paga a conta mais uma vez são 35 trabalhadores e suas famílias e não os ricos empresários que ganharam muito com o suor e sangue destes trabalhadores nos últimos anos.
O sindicato, dirigido pela CUT, fez uma assembleia na porta da fábrica na sexta-feira, onde foi definido que não haveria greve. No entanto, a assembleia foi pouco divulgada e muitos dos demitidos sequer sabiam que esta aconteceria, impedindo que os maiores interessados, os demitidos, argumentassem para convencer seus companheiros da necessidade de lutar. Além disso, o sindicato não anunciou nenhuma campanha de visibilidade ao que está acontecendo, fazendo os trabalhadores sentirem sua situação invisibilizada. A mesma CUT dirige diversos sindicatos pelas fábricas da região, onde ocorreram demissões e esta direção se negou até agora a divulgar os dados e unificar as lutas, se restringindo a favorecer o interesse dos patrões, e não o dos trabalhadores.
Esta segunda-feira é o dia marcado para que os trabalhadores assinem sua demissão direto na fábrica.
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