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SANTO ANDRÉ | Famílias contra a reintegração no Jardim Santo André

Dezenas de famílias se mobilizaram no último dia 19 em Santo André contra a ameaça de reintegração de posse por parte da prefeitura do PT.

terça-feira 20 de outubro de 2015 | 15:08

Com a promessa de construir uma creche, a prefeitura de Santo André, dirigida pelo petista Carlos Grana ameaça mais de 70 famílias de ficarem sem ter onde morar, pois ocupam um terreno que foi cedido pela prefeitura ao CDHU com a promessa de abriga-los temporariamente até que fossem incluídas no programa habitacional da parceria prefeitura/CDHU.

As famílias que vivem no Jardim Santo André alimentaram por alguns anos a esperança que em breve teriam posse de seus apartamentos e deixariam para trás o acampamento montado pelo CDHU, porém o terreno cedido anteriormente foi devolvido para a prefeitura que usa a desculpa de construir a creche como forma de dividir as famílias do bairro, pois a demanda pela construção de creches é imensa.

O CDHU alojou as famílias no terreno e agora não se responsabiliza por seus destinos e a prefeitura promete um auxílio-aluguel de R$465,00 por seis meses para se isentar de qualquer responsabilidade sobre as famílias e pretende colocar a força armada para despejar os moradores. A presença ostensiva da polícia civil e militar na área de ocupação, além de oficiais de justiça e representantes da prefeitura e do CDHU tem espalhado um clima de pânico.

Por isso, as famílias junto a CSP-CONLUTAS marcharam até a prefeitura da cidade para exigir o direito à moradia e repudiar a ação anti popular de Carlos Grana, que se elegeu dizendo que defenderia os trabalhadores e a população pobre, mas que assim como os demais políticos petistas mostrou que está ao lado dos empresários e dos patrões.

A luta dos moradores do Jardim Santo André segue e busca apoio da população para que não haja a reintegração de posse e para que possam ter direito a uma moradia digna para suas famílias. Hoje os representantes dos moradores participam de uma nova reunião com a prefeitura e aguardam a chegada do dia 21 de outubro, data marcada pela prefeitura para a reintegração.

Maíra Machado, professora de Santo André e diretora da APEOESP declarou que “a proposta feita pela prefeitura é absurda, pois a bolsa que oferecem é miserável e tem prazo de 6 meses para terminar. Que saída de fundo a prefeitura coloca para as famílias, que vencido o prazo ainda estarão sem casa e sem possibilidade de alugar ou comprar? Essas famílias tem o direito de permanecer no local e precisam urgentemente que sejam alojadas nos apartamentos prometidos pela prefeitura e CDHU. Levaremos essa demanda para a mobilização de professores e alunos em Santo André no próximo dia 22 e mostraremos que a unidade entre os setores em luta pode derrotar as políticas de ataques dos governos que estão do lado dos capitalistas.”




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