Também 88% dos brasileiros afirmaram notar que a fome da população aumentou, os maiores afetados com a fome são mulheres, negros e menos escolarizados. É necessário um auxílio de no mínimo R$ 1100, ao contrário do pífio auxílio emergencial reeditado pelo governo Bolsonaro.
sábado 22 de maio de 2021 | Edição do dia
Imagem: Reprodução/R7
Segundo dados recentes do DataFolha, 1 a cada 4 brasileiros afirmaram que faltou comida para alimentar sua família no último período da pandemia. A falta de comida suficiente atingiu 29% das famílias que têm apenas um adulto trabalhando, número que chega a 35% entre as famílias onde nenhum adulto trabalha.
Esta situação atinge em cheio as mulheres, os negros e pessoas com menor escolarização, sendo 40% dentre aqueles que tem apenas o ensino fundamental, sendo a região do nordeste a mais atingida pela insegurança alimentar.
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Bolsonaro e seu governo são diretamente culpados por essa situação, com seu negacionismo de primeira ordem em relação a pandemia, porém todos os atores do regime também são responsáveis, como os governadores, que muitas vezes se apresentam como oposição racional ao bolsonarismo, mas não garantiram medidas elementares de combate a pandemia, como testes massivos, e mais recentemente vacinas, além do STF, Congresso Nacional e Senado, que não representam nenhuma alternativa.
Na realidade todos estes estiveram de acordo quando o assunto era aprovar ataques que precarizavam a vida e o trabalho da população, como no caso da MP 936, reeditada e aprovada em maio, ou a tentativa recente de privatização da Eletrobrás, pauta que é consenso geral entre todos os integrantes do regime.
É necessário batalharmos por um auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo, diferente do irrisório auxílio emergencial reeditado, que vai de R$ 150 até 375, precisamos também lutar por vacinação em massa de toda população e quebra das patentes. Enquanto a população passa fome são garantidos os privilégios de juízes e políticos e também 1,3 trilhões do orçamento de 2021 foi pra dívida pública, além do Brasil ter batido recordes de novos bilionários no ranking da Forbes e do governo ter liberado mais de R$ 140 bilhões para as empresas. É preciso também que lutemos pelo congelamento dos preços e pela taxação das grandes fortunas.
