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PANDEMIA | Explodem os números de desligamentos nas profissões por conta de falecimentos de trabalhadores

Segundo um levantamento, nos quatro primeiro meses 2021, o número de desligamentos por motivo de falecimento entre trabalhadores com carteira assinada subiu 89% em comparação aos quatro primeiros meses de 2020.

quinta-feira 1º de julho de 2021 | Edição do dia

IMAGEM: AGÊNCIA BRASIL

Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, houve um aumento de 89% nos desligamentos por motivo de falecimento entre os trabalhadores com carteira assinada em 2021. Nos quatro primeiros meses de 2020 foram registrados cerca de 18.580 encerramentos de contratos do tipo CLT, sendo que em 2021, no mesmo período, o número foi 35.125.

Ainda que o levantamento se deu a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, sem as causas das mortes, trata-se de um salto no marco de uma pandemia, onde milhares de pessoas morrem diariamente, sendo que entre as categorias de trabalho onde se viu a maior taxa de encerramentos deste tipo, os maiores aumentos se deram em postos onde as atividades vem sendo feitas presencialmente como em setores do transporte público.

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Inclusive, os dados Caged mostram que os números avançaram sobretudo a partir de abril de 2020, conforme a própria pandemia foi se agravando no país, no qual, foram registrados 5 e 6 mil casos deste tipo. Em abril deste ano, a proporção de desligamentos por este motivo chegou a quase 1%, sendo a maior desde 2014.

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Veja abaixo as 10 categorias que mais subiram o número de encerramentos por motivo de morte no último período:

1 - Motorista de Ônibus Rodoviário: 181%
2 - Supervisor Administrativo: 166,4%
3 - Motorista de Caminhão: 152%
4 - Gerente Administrativo: 145,2%
5 - Motorista de Ônibus Urbano: 143,7%
6 - Vigilante: 129,5%
7 - Assistente administrativo: 115,2%
8 - Operador de caixa: 114,7%
9 - Motorista de Carro de Passeio: 114,2%
10 - Vendedor de comércio varejista: 113,2%

Trata-se de um absurdo que escancara como a realidade dada aos trabalhadores no país só promete a precarização de suas vidas e a sua própria morte por via dos inúmeros ataques e das condições cada vez mais indignas de trabalho, promovidas tanto por Bolsonaro e Mourão, como também pelos golpistas.




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