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CORONAVÍRUS | Ex-secretário de saúde do Rio não queria abrir hospitais de campanha

Após pagar essa enorme quantia à entidade privada para montar os hospitais, Fernando Ferry fez relatório com essa recomendação.

terça-feira 23 de junho de 2020 | Edição do dia

O Rio de Janeiro vinha atravessando uma série de problemas sociais, crise hídrica, desemprego, aumento da informalidade e o crescente desmonte da saúde pública que com a chegada da pandemia mostrou ainda mais as caras e intenções das políticas neoliberais. Atualmente o estado é um dos mais atingidos da pandemia, mas para isso Witzel não tem dado solução à altura, pelo contrário, não garante os equipamentos básicos aos trabalhadores que estão na linha de frente da COVID-19 e por mais absurdo que pareça, muitos deles estão indo trabalhar sem receber seus salários.

Na manhã de hoje (22) não foi diferente, o até então secretário de saúde, Fernando Ferry pediu exoneração do cargo após ocupá-lo por pouco mais de um mês e sugerir que os hospitais de campanha atrasados a 2 meses não abrissem.

Após muitas pessoas morrerem por falta de leito e tratamento, um médico vem fazer uma sugestão desse nível de brutalidade. As vidas perdidas não podem ser recuperadas, isso é certo, mas não significa dizer que não há mais pessoas precisando de tratamento adequado ou que não há fila de pacientes à espera de leito.

A “sugestão” de Ferry nos mostra quão brutal é esse sistema que gerencia a vida dos trabalhadores com total desprezo. Após o governo de Witzel pagar R$836 milhões de reais para a Organização Social Iabas (empresa investigada por fraudes na saúde) entregar 7 hospitais de campanhas, até agora só foram abertos 2 deles -Maracanã e São Gonçalo- e os demais são indicados para não serem abertos pelo médico que ocupava a secretaria. Importante lembrar que se os hospitais de campanha tivessem sido inaugurados na data, a fila de leitos no estado do Rio poderia nunca ter existido.

Todos os dias temos provas concretas de que não podemos confiar nesse governo mandado por Witzel, que assim como outros governos anteriores, mostra total descaso com a saúde pública e a classe trabalhadora. Só um programa levantado pelos próprios trabalhadores exigindo a estatização do sistema de saúde privado e sua centralização sob controle dos trabalhadores pode organizar a saúde de acordo com as demandas da população.




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