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LAVA-JATO | Ex-ministro da Justiça de Temer insinua que Aécio pediu sua saída para intervir na Lava-Jato

sexta-feira 20 de abril de 2018 | Edição do dia

O ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio confirmou hoje mais cedo a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) tentou interferir nas investigações da Lava Jato. Segundo ele, Aécio teria o pressionado para escolher um delegado federal "de sua preferência para investigar suas ações delituosas".

"Já se descortinam algumas das razões, de alto nível político-partidário, que instabilizaram minha permanência na pasta", coloca ainda Serraglio. Ainda segundo ele, "pressões semelhantes advieram do senador Renan Calheiros (PMDB), ex-presidente do Congresso Nacional, multi-investigado pela Polícia Federal". Ele ficou menos de 3 meses no cargo de ministro da justiça.

Aécio Neves e Renan Calheiros contestaram as acusações de Serraglio. Ao Globo, ele disse que detalhará melhor as formas de pressão de Aécio e Renan quando for chamado a depor como testemunha. Em diálogo gravado pelo empresário Joesley Batista, delator na Lava Jato, Aécio teria afirmado sua insatisfação com Serraglio porque, de acordo com o senador, ele não controlava a PF e Lava Jato.

A ala do regime disposta a "mostrar serviço" e mirar Aécio é a mesma que protege Alckmin. O que difere hoje dos últimos dias da Lava-Jato é que o MPF-SP, querendo dar mais legitimidade ao judiciário, denunciou Alckmin. Não nos enganemos quanto ao teor de um giro mais global contra mais partidos da operação, são apenas manobras para a continuidade do golpe, com figuras palacianas do regime ou sem elas. A operação Lava-Jato, longe de acabar com a corrupção só está mudando um tipo de corrupção por outro, mais privatista, estrangeiro e anti-operário.




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