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Faísca | Estudantes em apoio aos trabalhadores da educação de MG

"Para nós é um orgulho quando estamos nas manifestações e chega um monte de professoras pedindo para tirar foto com a gente junto da nossa faixa para mostrar para seus alunos, chega a emocionar ver que nossa presença ajuda a fortalecer a luta e a unidade entre trabalhadores da educação e os estudantes." Desde os primeiros dias de greve, estudantes da UFMG e outros locais vem tomando diversas medidas de apoio aos trabalhadores da educação. Nesta matéria entrevistamos alguns deles.

sexta-feira 18 de março de 2022 | Edição do dia

Praticamente em todas as nossas manifestações e assembleias eles estão lá com a faixa, bateria, as camisetas rosas e muita energia. Para nós é muito importante ver que tem estudantes do nosso lado.
Relato de uma trabalhadora da educação.

Os estudantes da juventude Faísca vem atuando fortemente em apoio à greve dos trabalhadores da educação desde seus primeiros dias, compondo as manifestações, assembleias e levando solidariedade ativa aos trabalhadores em luta. A Faísca Revolucionária é uma agrupação de estudantes e jovens trabalhadores que atua em diversas universidades do país buscando sempre unir as demandas estudantis à luta dos trabalhadores. Nessa matéria entrevistamos alguns de seus militantes de Minas Gerais.

Mafê, estudante de Psicologia da UFMG: "Para nós é muito importante toda medida de solidariedade aos trabalhadores que se colocam em luta. Romeu Zema está usando todas as suas forças para precarizar todos os serviços públicos e abrir portas para as privatizações. Os ataques dele aos trabalhadores, junto a todas as medidas que Jair Bolsonaro já vem implementando, precarizam a vida dos trabalhadores e ao mesmo tempo destroem as condições de ensino, afetando também os estudantes como um todo. Por exemplo, nós estudantes somos obrigados a trabalhar e estudar, quando encontramos empregos, porque as bolsas de permanência, estudo e estágio estão sem reajuste há 9 anos! Exatamente por isso não deve existir separação nas lutas. A luta dos trabalhadores da educação pelo piso e contra o Regime de Recuperação Fiscal para nós também é nossa luta!"

Samuel, calouro de Ciências Sociais da UFMG: "Para nós é um orgulho quando estamos nas manifestações e chega um monte de professoras pedindo para tirar foto com a gente junto da nossa faixa para mostrar para seus alunes, chega a emocionar ver que nossa presença ajuda a fortalecer a luta e a unidade entre trabalhadores da educação e os estudantes. Nós temos ido nas escolas levar solidariedade aos professores, professoras, ATBs e inclusive a todas as ASBs (as “moças da cantina”), que recebem salários de miséria, sofrem com precarização do trabalho sendo na sua maioria mulheres negras que muitas vezes são ainda mais desrespeitadas pela direção das escolas e o governo. No dia 14 estivemos com os trabalhadores lá na cidade de Santa Luzia apoiando suas ações nas escolas. Nas manifestações gerais a gente vai com a faixa de apoio, ajudamos o pessoal do Movimento Nossa Classe Educação a distribuir panfletos e vamos com a bateria pular e cantar as palavras de ordem junto com os trabalhadores"

Lina, representante do curso de Artes Visuais da UFMG: "Estamos organizando também entre estudantes da UFMG uma campanha de fotos de apoio em todos os cursos onde estamos para mostrar para Zema e Kalil que os estudantes estão junto com os trabalhadores exigindo que todas as suas demandas sejam atendidas imediatamente"

"Mas sabemos que tudo isso ainda é pouco, por isso lá na UFMG também batalhamos em nossas reuniões e assembleias para que o Diretório Central do Estudantes mobilize todos os cursos para apoiar os trabalhadores da educação porque sabemos que se hoje são eles que estão lutando, amanhã seremos nós que também vamos enfrentar a precarização das condições de trabalho, o congelamento de salários e o desemprego gerado pela falta de concursos."

Elisa estudante de Filosofia da UFMG: "A gente apoia os trabalhadores porque sabemos da força deles e delas, que é a única capaz de mudar tudo. A gente sabe que nossas demandas não cabem nas eleições, menos ainda repetindo a velha conciliação de classes que o PT sempre fez. Nós atuamos batalhando para resgatar a perspectiva revolucionária do movimento estudantil que já pode cumprir papel central na história. Nós sabemos que nossas lutas dentro da universidade só podem ser verdadeiramente efetivas se confluem com a força dos trabalhadores, que são os que movem toda a sociedade. Por isso, para nós, é bem como a gente costuma cantar nas manifestações ’aliança revolucionária é da juventude com a classe operária!’".




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