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CONTRA PEC 241/55 | Estudantes e trabalhadores nas ruas de BH em dia de paralisação nacional

Cerca de 10.000 pessoas marcharam nas ruas de Belo Horizonte no dia de paralisação nacional, 11 de novembro, com presença massiva de estudantes da UFMG, secundaristas e trabalhadores da educação. Um dia importante mas que poderia ter expressado mais força.

domingo 13 de novembro de 2016 | Edição do dia

O ato começou com várias concentrações a partir das 9 horas: na Praça da Estação, Praça Sete e na Praça Afonso Arinos. A unificação das concentrações aconteceu às 13:00 na Praça da Assembleia.

A UFMG teve destaque na mobilização, com um grande bloco com mais de 1500 estudantes, professores e técnico-administrativos, em um dia histórico para as lutas da universidade.

A juventude secundarista também marcou presença nesse dia de paralisação. Com atos nas cidades da região metropolitana, como em Betim e Contagem, além da unificação no ato da capital. As redes estadual e municipal da educação de Belo Horizonte e Contagem paralisaram suas atividades, assim como outras categorias de servidores.

Esse dia de paralisação mostrou a forca da mobilização na UFMG que tem sua luta histórica contra a PEC 241 (agora PEC 55 no Senado), contando com ocupações de 19 prédios pelos estudantes e a recente votação da greve dos professores, unificando na paralisação e luta os três setores da universidade.

Aconteceu também uma intervenção organizada pela Frente de Produção do Ocupa Belas Artes através do Ocupa Tudo UFMG:

O dia mostrou também que a luta dos estudantes secundaristas se amplia contra a PEC e a reformulação do ensino médio pelo governo golpista. Já são mais de 40 escolas ocupadas na região metropolitana de BH.

Estudantes da E.E. Helena Guerra, ocupada

O conjunto do dia expressou a grande força e potencial da luta dos estudantes que não têm aceitado a "PEC da morte" e o ataque ao seu futuro, além da pressão dos trabalhadores da educação para sairem a lutar com os estudantes; forças que podem se articular e questionar muito mais profundamente os ataques do governo Temer.

Uma grande força que poderia ter sido muito maior

O grande obstáculo para esse dia de paralisação não ter tido mais peso foi o papel da burocracia sindical da CUT e da CTB. Essas centrais sindicais seguem com uma trégua ao governo golpista de Temer, sendo contrárias a preparar pela base uma greve geral que realmente pare o país e os setores mais concentrados da produção.

Além disso, a CUT vem contendo as categorias, em particular a de professores, com sua defesa implícita do governo de Fernando Pimentel, que está sendo acusado de desvio de verbas pela operação Acrônimo, da Polícia Federal.

Mais uma mostra desse freio que tentam colocar aos movimentos é a dispersão dos atos pela cidade. O bloco da UFMG não encontrou o bloco de secundaristas – talvez a unidade mais explosiva neste momento – e nem o ato de trabalhadores da educação, chegando à Praça da Assembleia quando já não havia mais quase nada.

A luta contra a PEC precisa seguir de maneira independente dos acordos da CUT e CTB com o governo do PT de Pimentel, assim como da UNE e UBES que estão na rabeira da enorme força de luta dos estudantes que ocupam as universidades e as escolas. É preciso unificar as forças da luta estudantil numa grande coordenação construída a partir de representantes eleitos pela base, como vêm defendendo cada vez mais secundaristas e estudantes das ocupações da UFMG.




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