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UFRJ EM CRISE | Estudantes de Belas Artes, Arquitetura e Urbanismo da UFRJ vão completar 40 dias sem salas de aula

quarta-feira 9 de novembro de 2016 | Edição do dia

Os estudantes da Escola de Belas Artes e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ vão completar 40 dias sem salas de aula nesta semana. Os cursos de Cenografia, Indumentária, Artes Visuais (Escultura), Composição de Interior, Composição Paisagística, Comunicação Visual (Design), Conservação e Restauração, Desenho Industrial (Projeto de Produto), Gravura, História da Arte, Licenciatura em Educação Artística, Pintura, que são da EBA, e o curso de Arquitetura e Urbanismo da FAU estão sem aulas desde o incêndio ocorrido no oitavo andar do prédio da Reitoria no dia 03/10.

Além do cheiro de queimado, o incêndio deixou a estrutura do prédio comprometida, e toda a parte elétrica e os canos de água foram danificados, com vazamentos e sem luz. Apenas o prédio ao lado tem luz, alimentado por um gerador próprio, e os estudantes aguardam o resultado da perícia com a incerteza se algum dia voltará a funcionar como antes, já que a pouca verba destinada para a estrutura da universidade, que nunca foi prioridade do governo federal, agora se encontra no fio da navalha com a articulação do governo golpista para a aprovação da PEC 55 (241).

vazamento de água dos canos danificados pelo incêndio

Apesar de tudo isto, uma parcela pequena dos professores pensa que mesmo assim é possível continuar o semestre, como se nada estivesse acontecendo. As carteiras das salas foram posicionadas nos corredores do primeiro e segundo andar, no intuito de voltar às aulas assim que possível.

A volta às aulas, que havia sido marcada para esta quarta-feira (09) foi transferida para ocorrer no dia 16, assim, foi prorrogado o prazo em que voltariam as aulas em carteiras espalhadas e separadas por divisórias improvisadas que separariam as turmas. Tudo isto enquanto aprovam um dos maiores ataques contra a educação, com o congelamento do orçamento por 20 anos!

Se nos anos anteriores a UFRJ teve uma expansão precarizada sem um investimento estrutural, que faz com que diversos cursos sequer tenham salas de aulas, e funcionem em containers, a realidade com os ataques que o golpista Temer pretende aplicar é de sucateamento por completo do ensino público, tanto superior, quanto médio, combinado à MP 746 da reforma do ensino. Mas os estudantes do Paraná conseguiram desencadear nas universidades o fôlego de luta contra os ataques dos golpistas, na maior onda de ocupações em todo o país.

No Rio de Janeiro esta onda pode bater forte, se as ocupações do Pedro II se unificar com as do IFRJ, UFRRJ, UFF e UNIRIO. A aliança com os trabalhadores, começando pelos servidores que estão em greve, é primordial para derrubar este governo golpista que entrou para atacar a saúde e educações públicas enquanto garante privilégios de marajás para os políticos e o pagamento da dívida pública que só serve para enriquecer banqueiros.

Um passo para unificar essa luta seria a construção de uma forte mobilização no dia 11, que está sendo convocado como um dia de paralisação nacional, ainda que saibamos que CUT e CTB não estão efetivamente mobilizando e construindo com força esse dia, e criando espaços onde possamos debater com os companheiros das demais ocupações e pensar ações em comum.

Leia mais: Ocupação da Reitoria da UFRJ convoca plenária estadual das unidades ocupadas




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